Vídeo: Mulheres, Memórias e Cinema

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Veja o debate na Procuradoria da Mulher no Senado

Ontem, esta blogueira fez parte da plenária do mês de Agosto, na Procuradoria da Mulher no Senado, sobre as políticas públicas e as questões das mulheres no Brasil, principalmente, em relação ao cinema (produções audiovisuais) e ativismos contra a invisibilidade, o silenciamento histórico, os preconceitos e violências de gênero. A pauta Mulheres, Memórias e Cinema foi discutida também com a cineasta e pesquisadora Tânia Fontenele, diretora de Poeira e Batom: 50 Mulheres na Construção de Brasília; com a representante da Frente de Mulheres Negras do DF e Entorno, Neide Rafael; e com a idealizadora do Projeto Curta Maria, professora Maria José Rocha Lima. A deputada Professora Marcivânia (PCdoB-AP) abriu e contribuiu com a pauta.

As temáticas giram em torno das mulheres que produzem, dirigem, militam e/ou pesquisam a produção audiovisual nacional, com olhares interseccionais das diversidades de gênero, das questões étnicas, das LGBTI, das geracionais, de religião, e de classe, e os papeis culturais, sociais, econômicos, representados ou estereotipados nas telas. O ativismo político na criação audiovisual e nas organizações coletivas para projetos de mulheres nos cinemas e na TV.

Como exemplo, a cineasta Tânia Fontenele, fala sobre o livro e filme Poeira & Batom, com relatos de algumas das principais pioneiras que chegaram em Brasília nos primeiros anos, entre 1956 e 1960. São engenheiras, arquitetas, médicas, enfermeiras, parteiras, professoras, escritoras, musicistas, motoristas (de caminhão e jipes), lavadeiras, funcionárias públicas, prostitutas. Muitas vieram sozinhas ou foram as visionárias que “puxaram” seus maridos/companheiros, sabendo ser o DF o novo “eldorado”, ou a nova fronteira do Brasil.

Vale a pena acompanhar no vídeo, produzido pela TV Senado, as batalhas pelo olhar das mulheres no audiovisual, as emocionantes histórias contadas, e o que está sendo realizado no país, como o Projeto Curta Maria, que conta com jovens estudantes de Sobradinho; e também o ativismo organizado pela Frente das Mulheres Negras do DF.

Sandra Machado

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