Paris (França) — Na primeira aparição em uma Copa do Mundo de futebol feminino, o árbitro assistente de vídeo, mais conhecido como VAR, conquistou rapidamente o próprio espaço e, de quebra, o protagonismo na maioria dos jogos. Nas oitavas de final da Copa da França, foi fácil perceber a influência da novidade tecnológica nas partidas que definiram os oito times que seguem vivos na competição. Dos oitos confrontos da primeira fase do mata-mata, seis tiveram a intervenção do VAR em lances decisivos, ou seja, que mudaram o rumo das partidas.
Sempre polêmico e contestado dentro do futebol, dentro da modalidade feminina, o caminho da ferramenta não foi diferente. O árbitro assistente de vídeo influenciou resultados, acertou marcações, corrigiu injustiças, deixou uns contentes e outros irritados. A partida entre Inglaterra e Camarões foi a que mais rendeu polêmicas. Na ocasião, as camaronesas chegaram a ameaçar deixar o campo em duas oportunidades ao discordar de decisões ligadas ao VAR.
No entanto, nem sempre apenas um time acaba favorecido. No jogo entre Brasil e França, o que mais teve atuação do VAR nas oitavas, a tecnologia ajudou tanto a Seleção Brasileira, quanto as anfitriãs do torneio. Isso porque o árbitro de vídeo anulou um gol da França e um do Brasil, mas também validou o gol da meia Thaísa, que levou a partida para a prorrogação. É possível dizer ainda que, durante a partida, o VAR influenciou no comportamento da torcida. Após o gol da França ser anulado por uma falta na goleira Bárbara, a jogadora passou a ser vaiada toda vez que tocava na bola. No gol brasileiro, os torcedores tiveram de segurar o ímpeto até a árbitra confirmar a legalidade da jogada.
Na maioria dos jogos, os lances que precisaram da ajuda do vídeo foram pênaltis ou impedimentos. No jogo dos Estados Unidos, um dos pênaltis marcados precisou ser confirmado na TV ao lado do campo. Em Suécia x Canadá, aconteceu o mesmo. Um pênalti marcado pelo VAR poderia empatar a partida, no entanto, quem brilhou foi a goleira sueca Lindahl que defendeu a cobrança de Beckie.
Os dois jogos que fecharam a rodada na terça-feira (25/6) foram os únicos em que o VAR não foi o grande protagonista das partidas. O jogo entre Itália e China, que teve a brasileira Edina Alves Batista como árbitra principal, não precisou de grandes intervenções do vídeo. Em um único momento, Edina consultou o VAR pelo ponto para confirmar um pênalti, mas não foi necessário nem ir até o monitor ao lado do campo para analisar a jogada.
A última partida da rodada foi ainda mais tranquila em relação à arbitragem. A vitória da Holanda sobre o Japão por 2 x 1 contou com um pênalti marcado pela árbitra, que não necessitou de ajuda para pegar o toque de mão da capitã da equipe japonesa, Saki Kumagai. A jogada foi determinante para o resultado do jogo, que terminou com a vitória das holandesas.
Com o fim da primeira rodada do mata-mata, as oito seleções que restaram se preparam para as quartas de final, que começam na quinta-feira (27/6). Veja os confrontos abaixo:
> 27/6
Noruega x Inglaterra
Às 16 horas
> 28/6
França x Estados Unidos
Às 16 horas
> 29/6
Itália x Holanda
Às 10 horas
Alemanha x Suécia
Às 13h30
*Horários de Brasília
Por Maria Eduarda Cardim — Enviada especial
Patrocínio: Colégio Moraes Rêgo
Apoio: Casa de Viagens e Bancorbrás – Agência de Viagens
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