Desde os 14 anos, Thaisa Pedretti mora sozinha para se dedicar ao esporte. Para ela, a devoção ao tênis é natural e se tornar a número 1 do mundo é o maior objetivo. Até hoje, a única brasileira a alcançar o feito foi Maria Esther Bueno, em 1959. Hoje, aos 19 anos, Thaisa ocupa a 497ª posição do ranking internacional e é a quinta melhor brasileira colocada.
Para chegar onde está, Thaisa teve que abrir mão de coisas que seriam normais para uma adolescente. “Meu amadurecimento foi muito mais rápido por conta do esporte”, diz a jovem, que não acredita ter perdido parte da adolescência. “Pra mim não teve nenhuma dificuldade e foi natural. Eu nunca fui uma menina de ir para festas. Nunca tive esse contato”, completa.
O que mais pesou na hora da decisão de se mudar para o Instituto Tênis, localizado em Barueri, foi a família. “Ficar longe seria complicado, mas a logística iria ser melhor para a minha carreira”. Antes de morar no Instituto, Thaisa viajava todo dia de São Bernardo, onde morava, para Barueri, para treinar. O trajeto tem cerca de 48 km.
Com a decisão tomada, a rotina mudou e o contato com a família acontece durante o final de semana. No final de toda sexta-feira, Thaisa volta para casa e só retorna para o instituto no final do domingo. “Brinco que sou uma filha virtual porque falo mais com eles por vídeo, whatsapp e outros meios do que pessoalmente”, brinca.
A rotina além de diferente é intensa. A faculdade de educação física é cursada a distância. Assim como parte do ensino médio foi feito. “Era difícil entender minha rotina. A professora mandava fazer trabalho em grupo e ninguém queria fazer comigo porque eu viajava muito”, relembra a época de escola.
No segundo ano de faculdade, os trabalhos e estudos são realizados durante a noite, momento que dedica aos estudos. Já que durante o dia, a atleta praticamente respira tênis. Thaisa acorda 6h15 todos os dias e treina duas vezes na quadra. Além disso, ela também pratica exercícios ou vai à academia duas vezes ao dia.
Foi também aos 14 anos, sete após começar a jogar tênis, que a garota participou do primeiro torneio profissional. Assim como os demais praticantes da modalidade, Thaisa intercalou torneios do juvenil com os profissionais. Este ano foi o primeiro totalmente dedicado ao profissional.
“Os níveis dos jogos aumentaram. No profissional, as meninas são mais casca grossa. São mais completas e mais bem preparadas. A tática é melhor, a parte física é mais forte e o psicológico também é diferente”, analisa a tenista, que ganhou seu primeiro título de simples no profissional no ano passado.
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