Muito se especulava sobre o duelo entre as duas jogadoras com as maiores médias de pontos da Superliga feminina de vôlei 2017/2018: a campeã olímpica Tandara, pelo Osasco, e a transexual Tifanny, pelo Bauru. Pois elas se enfrentaram, nesta sexta-feira (2/2), em um jogo eletrizante. Como esperado, as duas foram as que mais pontuaram na partida; mas, por ironia, marcaram exatamente a mesma pontuação, com 31 pontos cada.
Em quadra, o clima entre Tandara e Tifanny era amistoso, inclusive com brincadeiras da atacante do Osasco com a adversária. Depois do jogo, porém, Tandara decidiu entrar de vez na polêmica gerada por Tifanny ser a primeira transexual da liga brasileira. Tandara disse ser contra a presença de Tifanny no vôlei feminino. Antes disso, ressaltou que respeita muito a história dela: “Para a sociedade, ela está sendo muito importante, está entrando na sociedade dando a cara a tapa”.
“É um assunto delicado. Eu estava segurando para falar sobre isso, porque estava esperando nosso confronto. Estudei, falei com muita gente sobre o assunto, tive um respaldo e eu não concordo com ela jogar no vôlei feminino”, disse Tandara, após ajudar o Osasco a vencer o Bauru, pelo returno da Superliga.
O Osasco fechou a partida só no tie break (por 3 sets a 2, com parciais de 25/19, 25/20, 22/25, 19/25 e 15/10), em mais de duas horas de confronto. Tanto Tandara, quanto Tifanny se destacaram no ataque. A oposta do Osasco ainda se superou no saque. No último set, emendou uma sequência de saques que fez a equipe disparar no placar, até marcar 12 x 3. Já Tifanny, embora tenha sido uma gigante nas cortadas, mostrou falhas na defesa.
Sobre a participação de Tifanny na competição, Tandara falou pela primeira vez: “Não é homofobia, estou falando em fisiologia. Independentemente se ela faz diferença ou não em quadra, eu não concordo”, disse, ressaltando que há uma complexidade sobre o tema e que precisa ser estudado: “Esse é um assunto que tem de ser estudado, visto com outros olhos. Ela tem uma historia surreal; eu a conheço e tenho um exemplo na minha família, então, não tem porque eu não ser respeitosa. Eu respeito muito, mas, hoje, não concordo”.
Como se não bastasse a intensidade de sentimentos por disputar os primeiros Jogos Olímpicos da…
A brasiliense Nycole Raysla, 21 anos, atacante do Benfica que vinha sendo convocada nos últimos…
Goleira do Minas Brasília, Karen Hipólito é um dos nomes novos a ter oportunidade na…
O Brasil encerrou os Jogos Olímpicos de Tóquio-2020 com a melhor campanha da história no…
Definida pela primeira vez na disputa dos pênaltis, a final olímpica do futebol feminino terminou…
Após ser acordada com a notícia bomba do corte da oposta Tandara dos Jogos Olímpicos…