A Superliga feminina de vôlei terminou antes mesmo do começo das disputas de playoffs devido à pandemia do coronavírus (COVID-19), que chegou no Brasil no início de março e vem registrando aumento dos casos a cada dia. Seis clubes e a comissão de atletas votaram pelo encerramento antecipado da competição em reunião organizada pela Confederação Brasileira de Vôlei (CBV), nesta quinta-feira (19/3), por meio de videoconferência. Dois votos foram contrários (veja quais clubes votaram a favor e contra aqui).
Esta é a primeira vez que não há campeão desde 1976, ano da primeira edição do Campeonato Brasileiro de clubes de voleibol feminino. De lá para cá, o principal torneio nacional da modalidade sofreu alterações de nomes e de formatos. Passou a se chamar Liga Nacional na temporada 1988/1989 e Superliga Brasileira de Vôlei em 1994/1995. Nunca, porém, terminou sem um vencedor, como ocorrerá na 2019/2020.
A atual edição da Superliga feminina havia terminado a primeira fase da competição e entraria nas disputas dos playoffs, com determinação para que ocorresse com portões fechados já em função do coronavírus. Mas as equipes, em comum acordo, não entraram em quadra para os primeiros jogos da série das quartas de final, no último sábado (14).
Na segunda-feira, a competição chegou a ser adiada pela CBV até 31 de março. Mas nova decisão na quinta-feira definiu o fim da temporada sem mais jogos. No dia anterior, clubes da Superliga B feminina e masculina também optaram por terminar com a temporada.
Com o encerramento prévio da competição determinado por votação dos clubes que disputariam os playoffs, a classificação final respeitou a da primeira fase.
Classificação final da Superliga feminina 2019/2020
1º lugar: Dentil/Praia Clube (MG)
2º lugar: Sesc RJ
3º lugar: Itambé/Minas (MG)
4º lugar: Sesi Vôlei Bauru (SP)
5º lugar: Osasco Audax (SP)
6º lugar: São Paulo/Barueri (SP)
7º lugar: Fluminense (RJ)
8º lugar: Curitiba (PR)
9º lugar: Pinheiros (SP)
10º lugar: Flamengo (RJ)
11º lugar: Valinhos Vôlei (SP) – rebaixado
12º lugar: São Cristóvão Saúde/São Caetano (SP) – rebaixado
Fim do ranking das atletas
Alvo de muitas polêmicas na Superliga, o ranking de pontos das jogadoras está extinto. A decisão foi tomada por votação dos clubes na mesma reunião. Foram sete votos à favor e quatro contrários. Dessa forma, os clubes passam a poder contratar as atletas com maior liberdade, sem precisar mais se adequar ao limite do somatório de pontos de cada jogadora.
Outra novidade é que os clubes também aprovaram, com seis votos contra cinco, a contratação de até três estrangeiras por time.
Superliga masculina mantém paralisação
No caso da competição masculina, a decisão da maioria dos votos, que incluiram os clubes e a comissão dos atletas, foi por manter a paralisação em função do novo coronavírus (Covid-19). Após votação, ficou estabelecido um novo encontro, novamente por videoconferência, dentro de um mês. A proposta foi feita pelo Sada Cruzeiro (MG) e pelo Vôlei Renata (SP) e venceu por 10 votos a favor contra três contrários.
“A CBV entende que a melhor decisão neste momento seria encerrar a competição, mas, como sempre, foi colocado em votação , por 10 a três, venceu a opção de nos reunirmos novamente daqui a um mês para debater o assunto mais uma vez”, comentou o Superintendente de Competições Quadra da CBV, Renato D´Avila.
Votos para Superliga masculina seguir paralisada (10)
– Sada Cruzeiro
– Sesc RJ
– Sesi-SP
– Vôlei Renata
– Minas
– Blumenau
– Vôlei UM Itapetininga
– Denk Academy Maringá Vôlei
– América Vôlei
– Ponta Grossa Vôlei
Votos para encerrar a temporada masculina (3):
– Comissão de atletas
– EMS Taubaté Funvic
– Pacamebu/Ribeirão Preto