A Seleção Brasileira feminina de futebol usará o primeiro período Data FIFA de 2021, entre 15 a 24 de fevereiro, para disputar o Torneio She Believes, em Orlando, nos Estados Unidos. Nesta quinta-feira (18/2), às 18h (horário de Brasília), o Brasil enfrenta a Argentina, no Exploria Stadium. No domingo, às 17h, o duelo é contra as anfitriãs e atuais campeãs mundiais, os Estados Unidos. E no dia 24 de fevereiro, às 18h, diante do Canadá (que neste ano substitui o Japão). Todas as partidas serão transmitidas pelo SporTV.
De olho nos Jogos Olímpicos de Tóquio, marcados para julho, a técnica Pia Sundhage ressalta a importância de encarar grandes desafios a fim de obter a melhor preparação possível. “É sempre empolgante jogar contra os melhores. E os EUA são a melhor seleção do mundo”, ressalta. “É um bom teste para ver se nossa defesa está no caminho certo. Tenho muita fé nesse time, porque temos jogadoras experientes, mas também atletas jovens que trazem um frescor necessário para fazer a diferença”, completa. Das seleções participantes no She Believes, apenas a Argentina não está classificada para as Olimpíadas.
A última vez que o Brasil enfrentou a Argentina foi justamente na estreia da Pia no comando da seleção canarinha, em jogo no Pacaembu (SP), em agosto de 2019. As brasileiras venceram por 5 x 0. “Eu me lembro dos cinco gols. Agora será diferente e a maior diferença é a Debinha, porque ela vai ajudar o time ainda mais na posição que joga”, observa a treinadora. Pia pondera, porém, que as jogadoras novas do elenco que comanda não mudarão a ideia central e as táticas daquela partida de estreia. “Esperamos ter uma defesa agressiva, independente se vamos jogar com Argentina ou Estados Unidos.”
Uma das principais jogadoras do cenário mundial do futebol feminino, Debinha conhece bem as adversárias do confronto com maior expectativa no torneio para as brasileiras. A atacante atua na liga norte-americana desde 2017, onde é a camisa 10 do North Carolina Courage. “Não apenas Estados Unidos, como Inglaterra, França… são times que deram muito trabalho para a gente até agora. Jogos contra Estados Unidos e Canadá nos darão um parâmetro do nível que estamos”, avalia a atleta com mais minutos em campos desde a chegada de Pia no Brasil. Foram 1.060 minutos em 13 partidas no total.
“Tendo a Pia, que já comandou a seleção dos Estados Unidos, é um ponto positivo para a gente. Ela conhece bem, eu também conheço muitas jogadoras por jogar aqui na liga norte-americana e, no geral, todo mundo conhece a seleção dos Estados Unidos. Será um jogo muito duro”, analisa Debinha. O trabalho da treinadora bicampeã olímpica não tem gerado confiança apenas na atacante e demais jogadoras. No início do ano, a CBF renovou o contrato com Pia por mais um ciclo olímpico, o que significa que o acordo com a sueca no comando da Seleção Brasileira foi estendido até o fim das Olimpíadas de 2024, em Paris.
Mas o foco no momento é todo no Torneio She Believes e, principalmente, na oportunidade de enfrentar os Estados Unidos. “Agora teremos jogos contra grandes seleções, o que é muito empolgante. Então teremos respostas, vamos descobrir o quão bom somos”, comemora Pia. O elenco brasileiro, porém, sofreu três desfalques desde a convocação original da treinadora. A zagueira Fabiana, do Internacional, testou positivo para Covid-19, e foi substituída por Kathellen, do Inter de Milão. Já as meias Luana e Formiga não foram liberadas pelo Paris Saint-Germain, da França, para o torneio com a Seleção Brasileira. No lugar delas, foram convocadas as atacantes Geyse e Valéria, do clube espanhol Madrid CFF.
A zagueira Bruna Benites acrescenta que os jogos ficam mais importantes a medida que se aproxima do principal objetivo do ano. “É muito importante estar aqui e espero que a gente coloque em prática tudo que foi treinado nesta Era Pia”, comenta a defensora do Internacional, sobre a antepenúltima Data FIFA até Tóquio. Se depender de Pia, os próximos jogos preparatórios serão contra equipes europeias. “É importante termos diferentes tipos de adversários. Agora, temos três rivais bem diferentes. Mas as equipes europeias têm um estilo bem distinto, que também queremos enfrentar”, projeta.
Goleiras:
Bárbara – Avaí/Kindermann
Aline Reis – UD Granadilla Tenerife (Espanha)
Letícia – Benfica (Portugal)
Defensoras:
Kathellen – Inter de Milão
Tamires – Corinthians
Camilinha – Palmeiras
Tainara – Palmeiras
Rafaelle – Changchun Dazhong (China)
Bruna Benites – Internacional
Jucinara – Levante UD (Espanha)
Antonia – Madrid CFF
Meio-campistas:
Andressinha – Corinthians
Julia Bianchi – Palmeiras
Andressa Alves – Roma (Itália)
Marta – Orlando Pride (Estados Unidos)
Adriana – Corinthians
Chú – Palmeiras
Ivana Fuso – Manchester United (Inglaterra)
Geyse, do Madrid CFF
Valéria, do Madrid CFF
Atacantes:
Ludmila – Atlético de Madrid (Espanha)
Debinha – North Carolina Courage (Estados Unidos)
Bia Zaneratto – Wuhan Xinjiyuan (China)
Cristiane – Santos
Giovana – Barcelona (Espanha)
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