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Jogadores acusados de violência contra mulher que seguem com portas abertas no futebol

Publicado em Futebol

A suspensão do contrato do Santos com o atacante Robinho após condenação, em primeira instância, por estupro coletivo na Itália e pressão popular é raridade no futebol brasileiro. Clubes fazem vista grossa e acusados de violência contra mulher, que, em geral, seguem com as portas abertas no mercado da bola. Veja alguns casos recentes do futebol brasileiro.

 

» Jean 

Após ser detido nos Estados Unidos, o goleiro Jean foi contratado pelo Atlético Goianiense

O goleiro foi detido nos Estados Unidos após ter sido denunciado pela ex-mulher, Milena Bemfica, de agredi-la no hotel Marriot Fairfield, em Orlando, na Flórida, durante as férias de dezembro de 2019 com as duas filhas do casal. Ela publicou vários vídeos em que aparece com hematomas e ferimentos no rosto que teriam sido provocados por Jean, então atleta do São Paulo. A Justiça dos EUA determinou a soltura do jogador e estipulou que ele deveria ficar afastado da vítima. O São Paulo suspendeu o contrato com o goleiro. Depois, o Ceará cogitou contratá-lo, mas desistiu diante da repercussão negativa  Atualmente, ele defende o Atlético-GO. 

 

» Wesley Pionteck 

Wesley Piontek foi sentenciado em 2019 por lesões corporais graves e ameaça a então namorada | Ari Ferreira/Bragantino

O atacante de 24 anos anunciado em outubro pelo Bragantino foi condenado em outubro de 2019 por lesão corporal em violência doméstica contra a então namorada. A defesa do jogador recorreu da decisão, mas a condenação foi mantida em segunda instância. Wesley cumpre pena definitiva de um ano e quatro meses em regime aberto e estreou no time paulista contra o Atlético-GO, no domingo passado (11/10). Dias antes, teve mandado de prisão expedido, mas o advogado do atleta disse que houve equívoco, pois ele não recebeu intimação. 

 

» Dudu 

Dudu foi denunciado pela companheira por violência doméstica por duas vezes | Agência Palmeiras/Divulgação

O ex-atacante do Palmeiras foi denunciado pela ex-mulher de violência doméstica e lesão corporal, o que foi registrado em boletim de ocorrência na Delegacia de Defesa da Mulher de São Paulo, em junho. Dudu se apresentou na delegacia no mesmo dia e negou as agressões. O casal havia se separado há cinco meses. Em 2013, quando atuava pelo Dínamo de Kiev, da Ucrânia, Dudu também foi acusado de agredi-la com socos na cabeça e puxões de cabelo. Pagou fiança de R$ 12 mil e, dois anos depois, foi condenado a cumprir serviços comunitários. O jogador deixou o Palmeiras recentemente rumo ao Al-Duhail, do Catar. 

 

» Jobson 

Jobson foi preso preventivamente por denúncia de estupro | Lucas Bolzan/Brasiliense FC

Revelação do Brasiliense, com passagem pelo Botafogo, Jobson foi preso, em 2013, acusado de agredir a então esposa Thayane Bárbara após uma discussão. Em 2016, acusado de estupro de quatro adolescentes, sendo duas de 13 e duas de 14 anos, em Conceição do Araguaia (PA). Segundo uma das vítimas, o jogador aliciava as menores para uma chácara, onde as embriagava e entorpecia para abusá-las sexualmente. Ele foi preso preventivamente e solto três meses depois, mediante pagamento de fiança para responder em liberdade. Depois desses episódios, Jobson foi contratado por Brasiliense (DF), Capital (DF), Portuguesa (RJ), Independente (PA) e Unisão Cacoalense (RO). Hoje, aos 32 anos, atua no Campinense-PB. 

 

» Carlos Alberto 

Carlos Alberto precisou sair da casa onde morava com a esposa e os filhos por medida protetiva expedida pela Justiça | Vasco da Gama/Divulgação

O ex-jogador, com passagem por Fluminense e Vasco, foi acusado pela então esposa, Carolina Bernardes, de tê-la agredido com socos no rosto e por ter quebrado a costela dela no fim de 2014, quando deixou o Botafogo. Em fevereiro do ano seguinte, o meia-campista teria quebrado o carro da mulher, que deu parte na polícia. A Justiça obrigou o afastamento do atleta e expediu medida protetiva para que ele saísse da casa onde morava com a esposa e os dois filhos do casal. O caso não o impediu de seguir jogando. Carlos Alberto disputou a Série A do Campeonato Brasileiro com o Figueirense, em 2015 e 2016, e com o Atlético Paranaense, em 2017. Encerrou a carreira em 2019, no Boavista.

 

» Bruno

Bruno voltou ao futebol no Boa Esporte, após conseguir um habeas corpus Divulgação/ Boa Esporte

Condenado e preso em 2010 por planejamento e participação no sequestro e assassinato de Eliza Samudio, modelo de 25 anos com quem teve um filho, o ex-goleiro do Flamengo teve pena estipulada em 22 anos e três meses de prisão. Em 2014, enquanto estava sob detenção em regime fechado, o Montes Claros (MG) assinou contrato com o goleiro. Em 2017, após conseguir habeas corpus pelo ministro do STF Marco Aurélio Mello, Bruno foi anunciado pelo Boa Esporte sob muitas críticas e ameaças de saída de patrocínios. O jogador de 35 anos ainda cumpre pena em regime semiaberto. Atualmente, joga no Rio Branco, do Acre.

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