Evento que promoverá atividades esportivas e culturais ligadas ao futebol em Brasília pisou na bola antes mesmo de começar. Denominado como o primeiro parque itinerante de futebol do mundo, o Futebol City anunciou premiação em dinheiro aos três primeiros colocados do campeonato de futebol apenas para a categoria masculina aberta — R$ 3 mil ao campeão, R$ 2 mil ao vice e R$ 1 mil ao terceiro. E ignorou premiação ao torneio feminino. Após repercussão nas redes sociais, no entanto, os organizadores confirmaram ao Correio que haverá premiação igual aos dois naipes.
A publicitária Lara Alcântara Ribeiro, 25 anos, inscreveu um time feminino no campeonato do Futebol City. Ao perceber que havia premiação apenas para os homens, repensou a participação no torneio. A notícia causou alvoroço entre as colegas da equipe, que foram à página oficial do evento no Facebook cobrar um novo posicionamento da organização. A repercussão ganhou mais de 100 comentários sobre o caso. “A única coisa que queremos é igualdade. Não queremos ganhar mais na premiação, mas termos a mesma visibilidade”, almeja.
Em nota, o evento disse que “o Futebol City pede desculpas a todo público, especialmente às mulheres, por não dar igualdade às premiações dos campeonatos masculino e feminino” e anuncia que a equipe campeã do torneio feminino terá a mesma premiação do campeonato masculino (R$ 3 mil).
Além disso, organizadores vão promover seletiva exclusiva para mulheres com as Sereias da Vila, time de futebol profissional do Santos Futebol Clube, em 18 e 19 de outubro; arrecadação de verbas para a Rede Feminina de Combate ao Câncer, por meio de bingo beneficente; e série de palestras sobre empoderamento feminino, com foco em liderança, carreira e gestão de negócios, em 29 de outubro (veja nota na íntegra abaixo).
A diferença no valor das premiações entre competições masculinas e femininas não é novidade. Ainda assim, ela persiste. Pouco mais de 20% dos esportes premiam homens com remuneração maior do que a de mulheres, segundo estudo da “BBC Sport”, encomendado pela “Women’s Sports Week” (iniciativa da ONG “Women in Sport”) e divulgado em 19 de junho. A pesquisa aponta que, dos 44 esportes que pagam prêmios em dinheiro atualmente, 9 pagam prêmios diferentes para homens e mulheres da mesma categoria.
Até o ano passado, o Campeonato Brasileiro de futebol feminino não contava com premiação em dinheiro. O torneio de 2017 foi o primeiro a recompensar financeiramente os clubes participantes — R$ 60 mil para o vice-campeão e R$120 mil para o campeão.
No vôlei, uma imagem publicada no Twitter em julho de 2016 escancarou a diferença entre premiações de jogadores e jogadoras. Campeão da Liga Mundial com a seleção da Sérvia, Marko Ivovic foi eleito o melhor jogador da competição e levou US$ 30.000 pelo feito.
Em campeonato com a mesma relevância no feminino, a brasileira Natália foi eleita como a atleta de maior destaque do Grand Prix. A recompensa financeira para ela, porém, foi a metade: US$ 15.000. O tuíte com as fotos de um ao lado do outro, com os cheques nas mãos, foi compartilhada por mais de 2 mil pessoas em uma semana.
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