Tifanny Abreu, a primeira transexual a atuar na elite do vôlei feminino brasileiro e um dos destaques da Superliga 2017/2018, abriu portas mundo afora. No último domingo (25/2/2018), o principal campeonato de vôlei da Espanha, chamado de Liga Iberdrola, teve a primeira transexual em quadra. Diferentemente da ponteira brasileira de 1,92 metros, que estreou na liga feminina apenas aos 33 anos, em 10 de dezembro de 2017, a central Omaira Perdomo debutou na liga espanhola aos 18 anos.
Omy Perdomo, como prefere ser chamada, faz parte do time juvenil feminino do CCO 7 Palmas, que disputa a Superliga da categoria. A jogadora transexual de 1,87 metros conseguiu a liberação para jogar pela equipe principal desde novembro, mas só foi relacionada pelo treinador Alberto Rodríguez para atuar no time adulto neste domingo, em Madri.
E Omy deu sorte ao clube. O CCO 7 Palmas venceu por 3 sets a 0. A central entrou no segundo set, no lugar da companheira Sara Folgueira, e marcou o último ponto da parcial, vencida por 25 x 16. Omy disse que a torcida se comportou muito bem com ela. Sobre a atuação, o técnico avaliou que ela começou um pouco perdida na partida, mas que ao fim foi bem na defesa e no bloqueio. Alberto Rodríguez ressaltou o interesse em subi-la definitivamente à equipe principal quando Omy atingir o nível adequado. O time está na terceira colocação da Liga Iberdrola.
“É uma conquista pessoal muito grande após oito anos dedicados ao vôlei e me sinto muito orgulhosa de ter conseguido”, disse a jogadora após a estreia na elite. Omy Perdomo escolheu ser atleta na adolescência, mas desde a infância se vestia e se maquiava como menina, segundo a mãe da jogadora. Já na pré-adolescência ela começou um tratamento hormonal com objetivo de ser reconhecida como mulher quando completasse 18 anos.
Omy conta que, quando criança, não sentiu mais vontade de jogar quando o professor de educação física da escola em que estudava passou a dividir os times entre meninos e meninas. Antes disso, os esportes eram praticados em equipes mistas. “Minha mãe foi até a escola para explicar a situação, mas não deram ouvidos. Então, fui procurar outro lugar para jogar”, contou a atleta espanhola, em entrevista ao site CTXT.
Antes mesmo de Omy Perdomo ter entrado em quadra para se tornar a primeira transexual espanhola a jogar na elite de um esporte olímpicos, a jogadora recebeu os cumprimentos de Fernando Clavijo, presidente das Ilhas Canárias, região onde vive a atleta. “Ela é um desses exemplos de superação pessoal que o esporte nos dá”, comentou o governante no encontro que também contou com o secretário de Esportes e Turismo das Ilhas Canárias e o diretor-geral de esportes da região.
Como se não bastasse a intensidade de sentimentos por disputar os primeiros Jogos Olímpicos da…
A brasiliense Nycole Raysla, 21 anos, atacante do Benfica que vinha sendo convocada nos últimos…
Goleira do Minas Brasília, Karen Hipólito é um dos nomes novos a ter oportunidade na…
O Brasil encerrou os Jogos Olímpicos de Tóquio-2020 com a melhor campanha da história no…
Definida pela primeira vez na disputa dos pênaltis, a final olímpica do futebol feminino terminou…
Após ser acordada com a notícia bomba do corte da oposta Tandara dos Jogos Olímpicos…