Um estudo da Universidade Estadual de Ohio, nos EUA, constatou que 100% das mulheres que jogam vídeo game por pelo menos 22 horas semanais já sofreram algum tipo de assédio. Circunstâncias que levam muitas jogadoras a usar nicknames masculinos ou neutros em partidas. Com o intuito de reforçar a liberdade de as mulheres usarem os próprios nicknames ou aqueles que quiserem no mundo dos games, a ONG norte-americana Wonder Women Tech lançou a campanha #MyGameMyName em 14 países.
“Não é justo que uma menina esconda sua própria identidade só porque algumas pessoas não sabem como se comportar quando jogam com uma garota ou mulher”, defende Lisa Mae Brunson, da Wonder Women Tech. Então, a ONG convidou alguns dos maiores youtubers de games do Brasil para jogar uma partida com um nick feminino. A ação faz parte da campanha, que sugeriu ainda aos jogadores que usassem os nomes de mulheres próximas, como mães, irmãs e namoradas. O o objetivo era que sentissem como é estar no lugar das mulheres.
O vídeo com os gamers usando a identidade alterada expõe a violência sofrida pelas mulheres no universo dos games que, no mundo, movimenta mais de US$ 66 bilhões por ano. No experimento, os gamers brasileiros usando nick feminino foram alvo de xingamentos, depreciações em relação à habilidade, além de assédio moral e sexual.
E olha que as mulheres representam quase metade do público do mercado, mais precisamente 46% segundo o estudo Game Consumer Insights, produzido pela Newzoo. No Brasil, elas são 53,6%, de acordo com dados da Pesquisa Game Brasil 2017.
A campanha não visa apenas expor o machismo e a violência sofrida pelas mulheres neste universo. Também busca pressionar a indústria dos games a tomar iniciativas mais efetivas contra esse tipo de abuso. Além do Brasil, a #MyGameMyName foi implementada em EUA, Canadá, México, Argentina, Africa do Sul, Angola, Argélia, Marrocos, Espanha, Portugal, França, Inglaterra, Noruega
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