Minas e Praia Clube repetem a “Final Pão de Queijo” na Superliga Feminina 2020/2021. O terceiro e decisivo jogo da série melhor de três será disputado nesta segunda-feira(5/4), às 21h, no Centro de Desenvolvimento de Vôlei, em Saquarema-RJ. O SporTV 2 transmite a decisão. Os dois clubes mineiros foram os últimos finalistas, em 2018/2019, já que a edição seguinte acabou sem campeão por causa da pandemia de covid-19. Detentor da melhor campanha na fase classificatória, o time de Belo Horizonte busca a quarta conquista nacional. Do outro lado, a equipe de Uberlândia tenta o bicampeonato do torneio.
Coube aos clubes mineiros quebrarem a hegemonia de uma década imposta por Rio de Janeiro e Osasco no vôlei feminino brasileiro — os dois decidiram o título da Superliga de 2004/2005 a 2012/2013. O primeiro a despontar foi o Praia Clube, que chegou à final da Superliga 2015/2016 e perdeu o título para o Rio de Janeiro. O troco veio dois anos depois, quando o Praia sagrou-se campeão pela primeira vez na competição em 2017/2018 — na ocasião, o Minas terminou em terceiro. Na edição seguinte, de 2018/2019, ocorreu pela primeira vez uma decisão entre dois mineiros. O Minas saiu campeão em cima do Praia, ao vencer os dois jogos. Na atual temporada, o time de Belo Horizonte também superou a equipe do Triângulo Mineiro nas decisões da Copa do Brasil e do Campeonato Mineiro e chegou à decisão da Superliga com a moral alta.
O Minas terminou a primeira fase da Superliga 2020/2021 na liderança com sobra e havia perdido apenas um jogo até a classificação para a final. Mas o grande favorito foi surpreendido na decisão. Com muita agressividade nos saques, o Praia Clube levou a melhor na primeira partida da série melhor de três que define o campeão, com vitória por 3 sets a 1 (parciais de 25/21, 25/12, 21/25 e 25/22). As minastenistas conseguiram a reação no jogo 2 da final e devolveram o placar, com triunfo de virada (25/19, 20/25, 25/27 e 23/25). O último jogo dessa briga pelo título promete muita emoção novamente.
Do lado do Minas, a bicampeã olímpica Thaísa está voando. Aos 33 anos, a jogadora de 1,96 é a maior bloqueadora da competição, com 110 bloqueios (média de 1,2 por set). Do lado do Praia Clube, Ana Carolina, conhecida por Carol, é uma arma potente do time comandado por Paulo Coco. A central de 29 anos e 1,83m foi a melhor jogadora das semifinais e soma 79 bloqueios na Superliga (média de 1 por set). O melhor é que Thaísa e Carol podem estar juntas com a Seleção Brasileira nos Jogos Olímpicos de Tóquio, em julho deste ano.
Aposta para fortalecer o ataque minastenista, a dupla de norte-americanas Dani Cuttino e Megan Easy deixou uma pulga atrás da orelha do torcedor pela instabilidade que apresentou na fase decisiva da Superliga. A oposta Cuttino marcou apenas quatro pontos no primeiro jogo da final, em que o Minas começou a sequência com derrota. Na segunda partida, a jogadora de 24 anos também não começou bem, mas depois cresceu e foi decisiva para igualar a série e obrigar o terceiro confronto. Já a ponteira Easy se mostrou mais participativa e é peça importante para o coletivo.
Do lado do Praia, a dominicana Brayelin Martinez é a principal arma ofensiva do time e foi decisiva na conquista da vitória no primeiro jogo. Sua irmã, a central Jineiry, torceu o tornozelo no início da primeira partida e ficou de fora da segunda. Desde então vem fazendo tratamento intenso e pode retornar para o último duelo da decisão. A equipe de Uberlândia que ainda contra com outra estrangeira no elenco, a holandesa Anne Buijs, que alterna com Michelle Pavão na ponta da rede.
Referência em um time recheado de estrelas, Fernanda Garay está jogando um vôlei de altíssimo nível tanto no ataque, quanto na recepção. A ponteira já estava no elenco do Praia Clube que decidiu o título contra o Minas na Superliga 2018/2019, mas sofreu uma torção no tornozelo no primeiro jogo e ficou fora das disputas. Aos 34 anos, a campeã olímpica de 34 anos vem sendo decisiva para o time de Uberlândia e é nome aclamado pelos torcedores para estar nos Jogos Olímpicos de Tóquio representando o Brasil.
Do lado do Minas, o destaque da ponta fica por conta de outra veterana. Após ter marcado apenas 1 ponto no primeiro jogo marcado pelo baixo rendimento do time, a ponteira marcou 16 pontos e ficou com o Troféu VivaVôlei por ter sido eleita a melhor da partida que sagrou a vitória do Minas por 3 sets a 1. “No primeiro jogo, eu sei que fomos bem abaixo, mas já foi. A equipe está de parabéns pela segunda partida. A gente jogou, realmente, como o nosso time joga, todo mundo junto, todo mundo se ajudando e a gente soube sair como equipe” disse Pri Daroit, que também declarou estar no melhor momento da carreira, mais tranquila e madura.
Considerada uma das melhores levantadoras do mundo na atualidade, Macris mescla talento e ousadia para acelerar a distribuição das jogadas do Minas. Um dos principais triunfos do Minas, a jogadora é promessa de genialidade e jogadas plásticas na finalíssima da Superliga 2020/2021. Mas o Praia Clube sabe muito bem disso. Tanto que encontrou o caminho da vitória no primeiro jogo por meio de um saque bastante agressivo para tirar o passe das mãos de Macris. Quem não ficou atrás foi Claudinha. Experiente, a levantadora de 33 anos cresceu durante a temporada e é peça fundamental do elenco de Uberlândia.
O Praia Clube tem experiência de sobra na beira da quadra do time. Auxiliar de José Roberto Guimarães na Seleção Brasileira, Paulo Coco comandou a equipe de Uberlândia no título da Superliga conquistado em 2019. Na atual temporada, conseguiu fazer o time evoluir na fase decisiva da competição e armou uma estratégia agressiva contra o Minas na decisão. Do lado do Minas, o italiano Nicola Negro assumiu o time para a temporada 2019/2020 após a saída do compatriota Stefano Lavari. Dono da melhor campanha da história do clube na fase de classificação, o treinador de 28 anos imprime firmeza e entrosamento à equipe.
Terceiro jogo da final (vale o título)
Data: segunda-feira (5/4)
Hora: 21h
Transmissão: SporTV 2
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