Como já era esperando, a favorita Megan Rapinoe venceu o prêmio de melhor jogadora do mundo nesta segunda-feira (23/9). A norte-americana disputava com a conterrânea e colega de seleção Alex Morgan e com a defensora inglesa Lucy Bronze, semifinalista da Copa do Mundo 2019.
Este é o primeiro prêmio de melhor do mundo de Rapinoe, que levantou a taça de campeã mundial pelos Estados Unidos em julho deste ano. A atuação da jogadora de 34 anos dentro e fora de campo na Copa do Mundo da França foi decisiva para também abocanhar a premiação do Fifa The Best.
Por isso, o Elas no Ataque lista cinco vezes em que Rapinoe foi brilhante no Mundial. Vem relembrar!
1- Silêncio no hino
O silêncio virou uma marca registrada de Megan Rapinoe na Copa do Mundo. Na França, a atleta não colocou a mão no peito ou cantou o hino em nenhuma das partidas dos Estados Unidos. A atitude é marca da jogadora, que protesta pela igualdade entre homens e mulheres e também contra o racismo. Em 2016, quando Colin Kaepernick, ex-quarterback da NFL, se ajoelhou durante o hino nacional em um jogo da NFL contra a violência policial contra os negros, Megan adotou a mesma postura em apoio ao jogador.
2- Decisiva nas partidas da fase mata-mata
A capitã dos Estados Unidos em algumas partidas da Copa se mostrou decisiva dentro de campo. E na fase eliminatória da competição Rapinoe se destacou ainda mais ao decidir pelo menos duas partidas para as americanas. Nas oitavas de final contra a Espanha, os dois gols da vitória saíram dos pés de Rapinoe. Nas quartas de final, contra a anfitriã da Copa, França, a história não mudou: 2 x 1 para os Estados Unidos, com os dois gols do pé dela. Na semifinal, Rapinoe ficou de fora por uma lesão na coxa. No entanto, voltou para a final, e fez o gol que abriu o placar da vitória americana.
3- O protesto contra Trump
Durante a Copa, Rapinoe protagonizou um desentendimento com o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, quando afirmou que não iria à Casa Branca caso os Estados Unidos vencesse a competição. Trump chegou a responder a jogadora pelo Twitter. “Eu sou um grande fã da seleção americana e do futebol feminino, mas Megan deve vencer primeiro e depois falar! Termine o trabalho! […] Megan nunca deve desrespeitar nosso país. Tenha orgulho da bandeira que você está vestindo”, postou.
Após as respostas de Trump, Megan voltou a se posicionar antes das quartas de final, contra a França. “Em caso de vitória aqui, prefiro não ir por causa dos meus valores. Vou aconselhar minhas colegas a fazerem o mesmo. Não seria certo ir lá e emprestar essa nossa plataforma para uma administração que não está lutando pelas coisas que nós lutamos”, disse.
4- Luta pela causa LGBT
A causa LGBT também foi uma das brigas que Rapinoe comprou durante a Copa do Mundo, assim como fez durante a carreira. Rapinoe namora Sue Bird, jogadora de basquete do Seattle Storms, da WNBA, e fala abertamente sobre sua homossexualidade. Um jogo disputado durante o Mundial, no mesmo dia em que se comemorou o Dia do Orgulho LGBT, foi palco de novo protesto.
“Para mim, é ótimo ser gay e fabulosa durante o mês do Orgulho Gay e do Mundial”, respondeu Megan, ao ser questionada se o desentendimento com o presidente americano Donald Trump deu uma motivação extra a ela dentro de campo. Antes, em entrevista à agência de notícias AP, Megan havia afirmado que a bandeira dos Estados Unidos não a protege como homossexual. “Como uma homossexual americana, sei o que significa olhar para a bandeira e não sentir que ela protege as suas liberdades.”
5- Prêmios
Além de levantar a taça de campeã da Copa do Mundo, Rapinoe saiu de campo com premiações individuais. A jogadora do Reign FC também faturou a Chuteira de Ouro, prêmio dado à artilheira da competição, e foi eleita a craque do Mundial. A Bola de Ouro, premiação dada a melhor jogadora de cada partida, também ficou com Rapinoe no último jogo da Copa. No total, ela foi eleita a melhor de três dos quatros jogos da fase mata-mata da competição.