A atacante Marta testou positivo para a covid-19 no último sábado (21/11), em exame que antecedeu a apresentação para a Seleção Brasileira. O diagnóstico obrigou a técnica sueca Pia Sundhage cortar a craque antes mesmo do início dos treinamentos para dois amistosos contra o Equador, em São Paulo. Os jogos servem de preparação para os Jogos Olímpicos de Tóquio, adiados para 2021.
Após receber muitas mensagens de carinho e de torcida pela rápida recuperação, Marta usou as redes sociais para comunicar que havia sido surpreendida pelo resultado, já que é a segunda vez que testa positivo para o novo coronavírus. Em junho, ela também teve o diagnóstico positivo para a doença. Apesar do susto, a atacante tranquilizou os fãs ao dizer que estava se sentindo bem de saúde.
Segundo a Confederação Brasileira de Futebol (CBF), no sábado mesmo, o departamento médico da Seleção Brasileira feminina comunicou o resultado do exame ao clube de Marta, o Orlando Pride, dos Estados Unidos, e disse que prestaria toda a assistência necessária à jogadora.
Após o corte de Marta, Pia convocou a defensora Camilinha, finalista do Campeonato Brasileiro A1 com o Avaí/Kindermann, para os amisto dos do Brasil contra o Equador, na Neo Química Arena, em 27 de novembro, e no estádio do Morumbi, em 1.º de dezembro.
Esta é a primeira apresentação de Camilinha na seleção principal. Ela tem 19 anos e estava na lista do técnico Jonas Urias para o período de preparação com a seleção sub-20, em Pinheiral (RJ). Após o período com a equipe principal, a defensora decide o título brasileiro, contra o Corinthians, em 6 de dezembro.
Reinfecção por covid-19 no futebol
Os casos de covid-19 em atletas têm sido frequentes após o retorno das competições esportivas. Agora, começam a aparecer também notícias de profissionais com o segundo diagnóstico positivo para a doença.
O Palmeiras, que sofreu um surto nas últimas semanas, comunicou que quatro pessoas estavam com covid-19 em novembro, após já terem testado positivo para o vírus em julho. O meia Gustavo Scarpa e o coordenador científico Daniel Gonçalves estão entre elas.
O coordenador médico do Palmeiras, Gustavo Magliocca, explicou que, na primeira vez, os atletas infectados apresentaram cargas virais mais baixas e sintomas muito leves “Tanto que em 12 dias eles estavam de volta ao trabalho muito tranquilamente. Desta vez, ambos manifestaram carga viral mais elevada, e os sintomas também”, disse, ao ge.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) afirmou, em agosto, que casos relatados de reinfecção são muito raros. A recontaminação ocorre quando o código genético —uma espécie de impressão digital — do primeiro vírus é diferente do segundo. Para prová-la é preciso ter o sequenciamento das amostras dos dois vírus da infecção.
Por isso, o Ministério da Saúde afirma que não há reinfecções confirmadas no Brasil, apesar de relatos como dos casos no Palmeiras.