A Seleção Brasileira feminina de basquete não conseguiu se classificar para os Jogos Olímpicos de Tóquio-2020 após perder para perder para Porto Rico, França e Austrália no Pré Olímpico Mundial em Bourges, na França. O Brasil não ficava fora das Olimpíadas desde a edição de Barcelona-1992. Magic Paula, medalhista de prata e bronze com o Brasil nas Olimpíadas de Atlatanta-1996 e Sydney-2000, lamentou a ausência brasileira na competição e cobrou mudanças de estratégia visando os Jogos de Paris-2024.
“Se quiser ter de volta o Brasil nas cabeças vamos ter que fazer um trabalho de verdade visando 2024, pois algumas meninas desta equipe estarão ainda no auge da idade”, disse a ex-jogadora, por meio das redes sociais. A campeã mundial de basquete com a Seleção Brasileira em 1996 incentivou a continuidade do trabalho implementado pelo técnico José Neto, desde maio de 2019.
No último domingo (9/2), o Brasil perdeu para a Austrália por 86 x 72, decretando a ausência nas Olimpíadas. Mas antes havia perdido para França, por 89 x 72, e para Porto Rico, por 91 x 89. “Apesar das três derrotas na competição é visível que subimos alguns degraus em relação a performance da equipe e do comportamento em quadra das meninas. A falta de intercâmbio e a experiência colabora em muitos momentos do jogo”, comentou.
“Não podemos continuar chegando de peito aberto nas competições e sem uma preparação mais longa. Só que estamos sempre batendo no aro, pela incompetência dos dirigentes por algumas décadas e, agora, por falta de recursos”
Paula, medalhista olímpica e campeã mundial de basquete
Magic Paul frisa que a Seleção Brasileira não pode esperar as competições para se preparar e apontou o caminho: trabalho de base, capacitação técnica, profissionalização da gestão nos clubes e intercâmbio.
CBB mantém José Neto no comando da Seleção
A Confederação Brasileira de Basketball (CBB) comunicou que seguirá trabalhando pelo desenvolvimento do basquete feminino nacional. “A partir desta próxima semana, o planejamento será voltado para o Sul-Americano adulto, em maio, classificatório para a AmeriCup de 2021. Essa, classificatória para os dois Pré-Mundiais continentais. O técnico José Neto tem contrato com a CBB, que acredita na sequência do trabalho a médio-longo prazo e crê que este é o caminho para um futuro de vitórias”, escreveu, por meio do site da entidade.
Os classificados para o basquete feminino em Tóquio-2020
Sem o Brasil, os Jogos Olímpicos de Tóquio-2020 terão dois países estreantes na disputa do basquete feminino: Porto Rico e Bélgica. Além dos dois debutantes, o torneio contará com a representação do país sede Japão, do campeão mundial Estados Unidos e de França, Austrália, Canadá, Espanha, China, Coreia do Sul, Sérvia e Nigéria.
Seleção Brasileira de basquete feminino nas últimas Olimpíadas:
Barcelona-1992: 7º lugar
Atlanta-1996: medalha de prata
Sydney-2000: medalha de bronze
Atenas-2004: 4º lugar
Pequim-2008: 1ª fase
Londres-2012: 1ª fase
Rio-2016: 1ª fase
Tóquio-2020: fora