De americana ‘do Brasil’ a patinadora traída pela roupa: as mulheres dos Jogos de Inverno

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Isadora Williams: a americana que defende a bandeira do Brasil

Isadora Williams disputa segunda Olimpíadas de Inverno da carreira/ Damien Meyer/AFP

22 anos

Brasil (Nascida nos Estados Unidos)

Patinação artística: disputa em 20 de fevereiro, às 22h de Brasília (a final é na quinta-feira (22/2), às 22h de Brasília)

Foi a primeira atleta brasileira a conquistar a vaga para PyeongChang, em setembro de 2017 e se apresentará com a música “Hallelujah”. Nascida nos Estados Unidos, resolveu representar o Brasil aos 9 anos. Embora tenha dificuldades com o português, Isadora diz ter orgulho de representar o país da mãe, mineira de Belo Horizonte. A patinadora se prepara para a segunda Olimpíada da carreira. A estreia foi aos 18 anos, nos Jogos de Sochi-2014, em que tornou-se a primeira sul-americana na patinação artística olímpica. Mas a lembrança trazia frustração. Ela teve problemas no programa curto, terminando em 30º lugar. Nesses últimos quatro anos, ela se reinventou: mudou de cidade para treinar com o casal Igor Lukanin e Kristin Frasier-Lukanin e começou a fazer faculdade de nutrição.

Jaqueline Mourão: a quarentona que chegou à sexta Olimpíada na carreira

Jaqueline Mourão é recordista de participação em Olimpíadas: chegou à sexta edição / Foto: Franck Fife/AFP

42 anos

Brasil (Belo Horizonte-MG)

Esqui cross country: 74ª colocação

Aos 42 anos, Jaqueline era a mais velha entre as competidoras em PyeongChang. Entre as 90 atletas do esqui cross country de 10km estilo livre, a brasileira terminou apenas na 74ª colocação. No entanto, ela já fazia história pelo Brasil antes mesmo de ultrapassar a linha de chegada: disputou seis edições olímpicas, se igualando a cinco ídolos nacionais: a jogadora de futebol Formiga, os velejadores Torben Grael e Robert Scheidt, o cavaleiro Rodrigo Pessoa e o mesa-tenista Hugo Hoyama. Jaqueline foi às Olimpíadas de Inverno de Turim-2006, Vancouver-2010 e Sochi-2014 no esqui cross country e aos Jogos de Sochi, no biatlo. Nos Jogos de Verão, esteve em Atenas-2004 e Pequim-2008 no Mountain Bike.

Ester Ledecka: a favorita no snowboard que foi campeã no esqui

O espanto de Ester Ledecka, incrédula ao ver que seu tempo de descida era ouro/ Foto: Martin Bernetti/AFP

22 anos

República Tcheca

Esqui alpino Super G: medalha de ouro

Snowboard: disputa vai até 24 de fevereiro

Aos 22 anos, a tcheca Ledecka chegou aos Jogos Olímpicos de Inverno de PyeongChang como favorita no snowboard, já que é bicampeã mundial adulta e bicampeã junior na modalidade. Antes de disputar a prova que é especialista, porém, ela surpreendeu o mundo — e ela mesma — ao ganhar o ouro no esqui alpino Super-G, prova que era atual 43ª colocada do ranking e nunca tinha conquistado uma colocação melhor do que o 19º lugar em etapas mundiais do Super-G. Ao cruzar a linha de chegada, a jovem não acreditava na façanha. “Pensei que tratava-se de um erro no cronômetro”, disse, após vencer por um centésimo a austríaca Anna Veith, que defendia o título conquistado nas Olimpíadas anteriores, em Sochi (Rússia).

Chloe Kim: a medalhista olímpica mais jovem no snowboard

Filha de sul-coreanos, a atleta dos Estados Unidos foi campeã olímpica aos 17 anos / Foto: Kirill Kudryavtsev/AFP

17 anos

Estados Unidos

Snowboard halfpipe: medalha de ouro

A estreia da americana filha de sul-coreanos nos Jogos Olímpicos de Inverno não poderia ter sido melhor. Chloe se consagrou campeã olímpica de snowboard halfpipe aos 17 anos e se tornou a mulher mais jovem a conquistar uma medalha olímpica no snowboard. O pai foi quem apresentou a modalidade para Kim aos quatro anos. A carreira como atleta evolui de forma rápida e aos 13 anos Kim já fazia parte da equipe de snowboard dos Estados Unidos. A pouca idade já inclusive a impediu de participar de competições, como a Olimpíada de Inverno de Sochi, em 2014.

Com a medalha de ouro nos jogos de PyeongChang, Kim ganhou destaque e até acabou envolvida em uma polêmica quando um radialista fez comentários sexuais sobre a atleta. Após fazer comentários que se referiram ao corpo da atleta, Patrick Connor foi demitido de uma rádio de São Francisco, a KNBR.

Gabriella Papadakis: a patinadora traída pela roupa que deu a volta por cima

Gabriella Papadakis e Guillaume: casal foi prata após perrengue com uniforme na classificatória / Foto: Wang Zhao

22 anos

França

Patinação artística (dança no gelo): medalha de prata

Antes de alcançar a medalha de prata na Olimpíada de Inverno de 2018, a francesa de 22 anos viveu momentos difíceis nas provas anteriores. Na apresentação que garantiu sua classificação para a final, Gabriella teve problemas com o figurino e mostrou o seio no final da prova. Segundo o jornal USA Today, a francesa estava chorando quando passou pela zona mista, onde atletas são entrevistados pelos veículos de comunicação após as provas. Depois, mais calma, Gabriella respondeu algumas perguntas. “Foi o meu pior pesadelo, acontecendo na Olimpíada”, comentou.

Mesmo com o imprevisto, Gabriella conseguiu avançar. Na final, ao lado de Guillaume Cizeron, Gabriela quebrou o recorde olímpico e mundial do programa livre de dança no gelo e levou a prata. O primeiro lugar ficou com o Canadá e o terceiro com o Estados Unidos.

Seleção unificada de hóquei: símbolo da trégua entre as Coreias

Equipe de hóquei feminina com torcida levantando bandeira da Coreia unificada/ Foto: Brendan Smialowski/AFP

Coreia do Sul + Coreia do Norte

Hóquei no gelo: eliminada na primeira fase

Os cinco resultados negativos nas cinco partidas disputadas não importaram para a equipe feminina unificada da Coreia do Sul e da Coreia do Norte de hóquei no gelo. Eliminada na primeira fase, a equipe fez história ao mostrar que uma boa convivência entre os dois países é possível. Ao menos dentro das quadras, a equipe formada por atletas da Coreia do Sul e Coreia do Norte viveram grandes momentos. Apesar de ter sido eliminada dos Jogos de PyeongChang nesta terça-feira (20/2), o time foi aplaudido. O saldo da competição foi negativo. Foram 28 gols sofridos e apenas dois marcados. De qualquer forma, a equipe entrou para história.

Por Maíra Nunes e Maria Eduarda Cardim

Maíra Nunes

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