Guia Superliga feminina de vôlei 2020/2021: veja como chegam os 12 times

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A Superliga feminina de vôlei está de volta após a última temporada ter sido finalizada antecipadamente e sem vencedoras por causa da pandemia de covid-19. A frustração pela falta dos playoffs e pela espera por meses de quarentena aumentou a expectativa pela retomada da principal competição nacional da modalidade. E não faltam atrações para fazer valer toda essa espera. A edição 2020/2021 terá campeãs olímpicas em quadra, jovens talentosas que começam a cavar espaço na Seleção Brasileira, estrangeiras como principais apostas de times que brigam pelo título e nomes consagrados para comandar tudo isso da beira das quadras.

Com o adiamento dos Jogos Olímpicos de Tóquio para 2021, esta edição do campeonato ganhou novos holofotes. Há quem queira repetir a sensação de estar em uma Olimpíada, como a campeã olímpica Tandara, que realiza a quarta passagem pelo Osasco e pretende reposicionar o clube no topo do cenário nacional. Outra dona de ouro olímpico, a central Thaísa mantém o alto nível no Minas. A ponteira Fê Garay faz o mesmo na saída de rede do Praia Clube. E para quem tinha trocado a quadra pela praia, a Superliga prova que nunca é tarde para voltar, como fez Mari, campeã dos Jogos Olímpicos de Pequim-2008, que defenderá o Fluminense, após uma experiência na areia ao lado de Paula Pequeno.

Isso sem falar nas jogadoras que veem a Superliga como uma possibilidade real de carimbar o passaporte para disputar a primeira Olimpíada da carreira. Expectativa que vive a levantadora Macris, destaque do Minas e titular da Seleção no último ano. Sentimento semelhante é compartilhado pela líbero Camila Brait, fiel defensora do Osasco, e por Lorenne, jovem talentosa que trabalhará com Bernardinho, no Sesc/Flamengo. Atento a todas elas estará José Roberto Guimarães, afinal o treinador fica com um olho no São Paulo/Barueri e o outro em Tóquio. Há ainda estrangeiras que elevam a qualidade da liga brasileira.

Além de tudo isso, novidades e fusões de projetos prometem criar rivalidades. A principal delas na temporada foi a junção entre o Sesc Rio de Janeiro e o Flamengo, do técnico Bernardinho. Os primeiros testes dessa parceria sinalizam muita dor de cabeça aos adversários. Campeã carioca e finalista do Troféu Super Vôlei, a equipe rubro-negra terá o Brasília Vôlei como primeiro adversário na Superliga. A partida marca a volta do time da capital federal à elite do vôlei, nesta terça-feira (10/11), às 21h30, no ginásio Hélio Maurício, no Rio de Janeiro. O jogo terá transmissão ao vivo do SporTV 2.

Brasília Vôlei

De volta à elite, a equipe renovou com metade do elenco que terminou a fase de classificação da Superliga B na primeira colocação.
O torneio precisou ser finalizado antecipadamente no primeiro semestre deste ano por causa da pandemia da covid-19 e o acesso acabou com os dois times mais bem classificados na tabela. Para a temporada 2020/2021, o técnico Rogério Portela contará novamente com a experiência do trio formado pela central Silvana e as centrais Edna e Aline, além de reforços como Vivian Lima, Isa Paquiardi e Ju Carrijo. O objetivo principal será manter-se na primeira divisão e, quem sabe, beliscar uma vaga nos playoffs.
Técnico: Rogério Portela

Curitiba

Apesar de bastante reformulado, o time conta com nomes conhecidos dos fãs de vôlei. Repatriada pelo Curitiba após ter atuado na Rússia, Ivna se junta às campeãs olímpicas Sassá e Valeskinha. A levantadora Bruninha e líbero Juju Perdigão reforçaram a equipe para esta temporada. Jogadoras que subiram da base completam o elenco, que brigará pela permanência na Superliga A.
Técnico: Pedro Moska

Fluminense

Com um elenco bastante jovem, a perda de nomes de referência, como Paula Borgo, Thaisinha e Mari Cassemiro, deixam os torcedores apreensivos para os momentos decisivos durante as partidas. A maior novidade da Superliga, porém, tem experiência de sobra. A campeã olímpica Mari voltou às quadras defendendo o tricolor carioca, após jogar uma temporada na praia, ao lado de Paula Pequeno. Também reforçam o time as centrais Fran Jacintho e Jéssica e as opostas Bruna Moraes e Arianne.
Técnico: Hylmer Dias

Minas

Sob o comando do técnico italiano Nicola Nigro, o time promete manter o alto nível apresentado nas últimas duas edições. Para isso, preservou a base do elenco com Macris, Carol Gattaz, Léia e a bicampeã olímpica Thaísa. Apesar da saída da craque Sheilla, que jogará na nova liga profissional de vôlei dos Estados Unidos, o clube contratou Danielle Cuttino, Megan Easy, Pri Daroit, Pri Heldes, Lara Nobre e Camila Mesquita.
Técnico: Nicola Nigro

Osasco

Dono de 14 títulos da Superliga, o time tenta voltar a ser uma das principais potências do vôlei nacional. Após temporadas em que precisou montar o elenco com um investimento mais modesto do que o de anos anteriores, o Osasco se reforçou com um nome de peso e com longa história no time: a oposta Tandara, que faz a quarta passagem pela equipe comandada por Luizomar de Moura. O técnico manteve a base do grupo, formada pela levantadora Roberta, a central Bia, a ponteira e bicampeã olímpica Jaqueline e a líbero Camila Brait. A central Mayany está entre os destaques dos demais reforços. No primeiro teste da nova formação, a equipe foi campeã do Campeonato Paulista.
Técnico: Luizomar de Moura

Pinheiros

Sob o comando de Reinaldo Bacilieri, promovido de auxiliar a técnico, o time conta com muitas novidades no elenco, como a levantadora Ana Cristina, que estava no São Caetano. Da temporada passada, permaneceram a ponteira Priscila Souza e a líbero Letícia Pekena. A oposta Edinara, que passou por uma cirurgia após sofrer uma lesão no primeiro jogo da última Superliga, também volta ao time, que ainda contará com atletas formadas na base.
Técnico: Reinaldo Bacilieri

Praia Clube

Campeão da Superliga 2017/2018 e vice da 2018/2019, o time de Uberlândia chega embalado pelo título do Troféu Super Vôlei, competição disputada antes da Superliga. Além das campeãs olímpicas Walewska e Fernanda Garay, que permaneceram, o elenco foi montado literalmente em família, pois conta com as irmãs dominicanas Brayelin e Jineiry Martinez, além das gêmeas Monique e Michelle Pavão. A forte equipe, que ainda tem Carol, Angélica, Claudinha, Suellen e Laís, ganhou o reforço de peso da ponteira holandesa Anne Buijs para a temporada. Ela foi campeã da Superliga 2016/2017, com o Rio de Janeiro.
Técnico: Paulo Coco

São Caetano

Time que disputou todas as 25 edições da principal competição do vôlei nacional, a equipe do ABC Paulista terminou a temporada passada da Superliga na última posição. Mas manteve-se na elite após convite da Confederação Brasileira de Vôlei. O patrocinador master São Cristóvão Saúde não renovou a parceria, mas o técnico Fernando Gomes aposta na garra dos talentos em início de carreira e não descarta novas contratações ao longo da temporada para permanecer na elite e manter viva a tradição do time que foi campeão brasileiro em 1991/1992, quando o torneio ainda se chamava Liga Nacional.
Técnico: Fernando Gomes

São José dos Pinhais

Estreante na Superliga, chegou à elite após terminar na segunda colocação a competição de acesso. O técnico Duda Nunes foi auxiliar do italiano Stefano Lavarini na conquista da Superliga 2018/2019 à frente do Minas, antes de comandar o Curitiba, na temporada passada, e chegar ao São José dos Pinhais para encarar o desafio de ganhar espaço no cenário nacional.
Técnico: Duda Nunes

São Paulo/Barueri

Comandado pelo tricampeão José Roberto Guimarães, o São Paulo manteve boa parte do elenco, como Kisy, Diana, Lays, Nyeme, Jacke e Maira. Mas perdeu três dos pilares do time: Juma, Tainara e Lorenne. Para reestruturar a equipe, Zé Roberto contratou Karina, Kenya, Lorena e Lorrayna, as quatro do Pinheiros, além de Glayse, do Bauru. Com mudanças na base da equipe e as dificuldades de calendário impostas pela pandemia, o time deverá levar um tempo até ganhar entrosamento.
Técnico: José Roberto Guimarães

Sesi/Bauru

Uma semana antes da estreia surpreendeu com a troca de técnicos. Rubinho assumiu no lugar de Anderson Rodrigues, que estava no comando da equipe há pouco mais de dois anos. O ex-assistente técnico de Bernardinho na Seleção Brasileira masculina e com passagem recente pelo Sesi masculino terá um elenco forte. A equipe manteve a campeã olímpica Dani Lins, a ponteira/oposta Tifanny, as centrais Mayhara e Adenízia, a líbero Julia Machado e a oposta Polina e trouxe vários reforços, como a líbero Brenda Castillo e a central Mara.
Técnico: Rubinho

Sesc RJ/Flamengo

O projeto mais vencedor da Superliga feminina, sob o comando de Bernardinho, juntou-se ao Flamengo para uma temporada que promete novos marcos na competição. Manteve a base do elenco da temporada passada, formado por Juciely, Fabíola, Drussyla, Gabi, Ariele, Milka e Amanda. Mas perdeu a oposta Tandara. Para compensar, buscou no mercado uma jovem talentosa que vem ganhando espaço na posição, inclusive na Seleção Brasileira: Lorenne. Venceu o Campeonato Carioca e foi vice-campeão do Troféu Super Vôlei, após perder na final para o Praia Clube.
Técnico: Bernardinho

Maíra Nunes

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