Lyon (França) — A final da Copa do Mundo colocou frente a frente os Estados Unidos, atuais campeãs mundiais, e a Holanda, atual campeã europeia. As favoritas americanas não conseguiram furar o bloqueio montado pela equipe comandada por Sarina Wiegman no primeiro tempo, mas desencantaram com o gol marcado dos pés do nome deste Mundial: Megan Rapinoe. Engajada, sem medo de confrontar nem mesmo o presidente do país que defende, a capitã abriu o placar de pênalti e viu Rose Lavelle decretar o quarto título dos EUA, após vitória por 2 x 0 sobre a Holanda, neste domingo (7/7), no Parc de Olympique Lyonnais, em Lyon, na França.
“É difícil descrever o meu sentimento, é incrível. Todas as pessoas que trabalharam tanto para chegarmos até aqui. Temos um grupo muito unido, estamos sempre muito motivadas para vencer”, disse Rapinoe, após a partida. Rapinoe foi substituída aos 33 minutos do segundo tempo e saiu de campo muito aplaudida pelo estádio lotado. Depois, ela seria novamente ovacionada, por receber o prêmio de melhor jogadora da Copa, aos 34 anos. A veterana chegou aos seis gols e assumiu a artilharia do torneio, ao lado da companheira de equipe Alex Morgan e da inglesa Ellen White.
Pela primeira vez na Copa da França, as americanas não marcaram nos primeiros 12 minutos de jogo. No entanto, a superioridade do time comandado por Jill Ellis foi provada durante o jogo. No segundo tempo, saíram os dois gols que ampliaram a soberania dos Estados Unidos no futebol feminino. Não foi na primeira parcial, mas, aos 12 minutos do segunda, Alex Morgan recebeu a bola na grande área e foi acertada pela defensora Van der Gragt, que levantou demais o pé na tentativa de afastar o lance. A árbitra francesa Stephanie Frappart consultou o VAR para confirmar o pênalti.
Com segurança, a veterana Megan Rapinoe cobrou para o fundo das redes. Uma dos destaques da partida, a goleira Van Veenendaal nem se mexeu. Rapinoe se igualou na artilharia da Copa do Mundo com seis gols, ao lado da companheira de equipe Alex Morgan e da inglesa Ellen White. Depois do pênalti, a seleção holandesa sentiu e deixou as americanas se aproximarem com liberdade do gol. Com o jogo controlado, Rose Lavelle invadiu a área e conduziu a bola sem marcação. A decisão tomada pela americana foi chutar forte no cantinho do gol de Veenendaal, que não conseguiu defender a bola.
A goleira holandesa foi a grande responsável por segurar o empate até o segundo tempo. A primeira grande chance das americanas foi aos 27 minutos do primeiro tempo. Após escanteio, Ertz chutou forte no meio do gol e, apesar da confusão na área, Van Veenendaal foi rápida e fez uma bela defesa. Dez minutos depois, as americanas montaram um bombardeio ofensivo. Primeiro, com a cabeçada de Mewis no meio da defesa e, depois, com Alex Morgan, que desviou o cruzamento rasteiro de Rapinoe, obrigando Van Veenendaal a fazer dois milagres. No segundo lance, a bola chegou a parar na trave.
A vitória por 2 x 0 deu aos Estados Unidos o quarto título Mundial. Com o tetracampeonato conquistado, as americanas bateram outro recorde. Jill Ellis, técnica da seleção norte-americana, se tornou a primeira treinadora a conquistar o bicampeonato em uma Copa do Mundo feminina.
Por Maria Eduarda Cardim e Maíra Nunes — Enviadas especiais
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