Perda de patrocínio e futuro: Poliana Okimoto fala sobre aposentadoria

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Após competir pela última vez em uma prova de alto rendimento, Poliana Okimoto descansou, mas logo voltou às atividades. Depois de um dia da última prova, correu 6 km e fez aula de dança. Aos poucos, a nadadora se acostuma ao ritmo da vida de uma atleta amadora, como se denomina. Agora focada na vida pessoal, as competições serão esporádicas. Entretanto, a vontade de ajudar o esporte a crescer segue como um projeto.

“Vivi e respirei esporte na minha vida e acho que minha missão foi muito bem cumprida como atleta. Agora, penso em ajudar a maratona aquática de outra forma”, afirmou a medalhista olímpica da Rio-2016 ao blog Elas No Ataque. Com esse objetivo, ela se junta ao marido e técnico, Ricardo Cintra, para abrir uma consultoria esportiva no início do ano que vem.

“Ricardo tem um conhecimento incrível e trabalha com a Seleção há mais de 10 anos. Eu entro para ajudar com a minha experiência de nadadora. A ideia é elaborar treinos e clínicas”, diz. Outro projeto pessoal de Poliana é se envolver com projetos sociais que possam usar o esporte para dar chance a crianças mais carente. “Nem sempre todos têm a oportunidade que eu consegui, principalmente na maratona aquática”.

Mesmo com as conquistas como o bronze olímpico, a vida de atleta não foi sempre fácil. Depois do resultado alcançado nos Jogos Olímpicos do Rio, Poliana perdeu um de seus principais patrocinadores e, com ele, a equipe multidisciplinar que a acompanhava nos treinos.

“Eu tinha acabado de dar o melhor resultado da minha vida e perdi algo. Isso afetou bastante minha motivação para continuar”, comenta.

Ana Marcela e Poliana: prata e ouro no Mundial de 2013 | Foto: AFP

A atleta não esconde ter ficado decepcionada com a situação, mas afirma que esse não foi o principal motivo para se aposentar. “Eu sempre tive vontade de ser mãe, e o lado pessoal pesou bastante”, revela.

Ao analisar a carreira como nadadora, ela se diz satisfeita do que fez e acredita que a maratona está muito bem representada com Ana Marcela. “Minha carreira foi marcada pelo pioneirismo. Abri portas para nova geração e para a modalidade. Agora, temos que trabalhar para continuar a crescer o esporte”, considera.

Maria Eduarda Cardim

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