Minas e Real Atacantes Nenê, do Minas Brasília, e Gadu, do Real: promessas de gol | Fotos: Patricy Albuquerque/ Júlio César Silva/Ascom Real Brasília À esquerda aparece a atacantes Nenê, do Minas Brasília,. E à direita, a artilheira Gadu, do Real Brasília

DF tem dois clubes na elite do futebol pela primeira vez em 41 anos

Publicado em Futebol

Se dependesse do futebol masculino, atolado desde 2014 na Série D, o Distrito Federal não teria um representante na elite nacional desde 2005. Graças ao Minas Brasília, essa história começou a mudar em 2019, quando a equipe disputou pela primeira vez o Brasileiro A1 feminino após conquistar o título da Série A2 no ano anterior.

Este ano, o futebol feminino volta a fazer história na região. As Minas ganharam a companhia do Real Brasília, que garantiu o acesso deviso à classificação para as semifinais da Série A2 em 2020. O que marca a quebra de um jejum de 41 anos desde a última vez que o DF contou com dois clubes na divisão máxima do futebol. A última vez foi em 1979, quando Brasília, Guará e Gama estiveram entre os 94 participantes do torneio, originalmente chamado de Copa Brasil.

No domingo (17/4),  às 15h, o time dá início à terceira participação seguida na competição, contra o Flamengo, no Estádio da Gávea (RJ).  No mesmo dia, mas às 17h, as Leoas do Planalto debutam contra o Cruzeiro, na arena Sesc Alterosas, em Belo Horizonte (MG).

Antes dos clubes de futebol feminino, o último time candango a integrar a Série A de um Brasileirão foi o Brasiliense, em 2005. A única participação do Jacaré na competição terminou com a equipe na lanterna e rebaixada. Antes dele, o Gama figurou por quatro anos na Primeira Divisão , de 1999 a 2002, e acabou rebaixado no último ano que o campeonato teve segunda fase com jogos eliminatórios, antes de adotar o formato de pontos corridos.

No Brasileirão feminino 2021, os 16 clubes na disputa estão divididos em seis estados e o DF.  São Paulo é o que conta com mais representantes e onde concentra os clubes mais competitivos da modalidade no país. Dos oito campeões do campeonato, apenas um não é paulista. Em 2016, o Flamengo levou o título nacional. Além do carioca, levantaram a taça o Centro Olímpico (2013), Ferroviária (2014 e 2019), Rio Preto (2015), Santos (2017), Corinthians (2018 e 2020).

 

Real e Minas Brasília investiram em artilheiras

De um lado, As Minas apostam em jovens promessas para driblar a inflação do mercado, reflexo da transição rumo à profissionalização do futebol feminino no país, e na contratação de maior peso para balançar as redes: a experiente Adriana Nenê, 32 anos, que chegou da Ferroviária, onde marcou sete gols em 22 em 2020.  A centro-avante tem carreira recheada de títulos:  é campeã da Libertadores, tricampeã brasileira e bicampeã da Copa do Brasil.

No Real, a esperança de gol tem 23 anos, mas chega cheia de moral. A atacante Evelyn Feitoza, a Gadu, foi artilheira do Brasileiro A2 2020 e destaque no acesso do Bahia à elite, com 11 gols em seis jogos. Em 2019, balançou as redes 21 vezes em oito jogos. Formada na base do Vitória, quando começou em 2017, essa será a primeira temporada de Gadu fora do estado.

 

Veja a distribuição por estado abaixo: 

São Paulo: 6 (Corinthians, Ferroviária, Palmeiras, São Paulo, Santos e São José)

Rio Grande do Sul: 2 (Internacional e Grêmio)

Rio de Janeiro: 2 (Flamengo e Botafogo)

Santa Catarina: 2 (Kindermann e Napoli Caçadores)

Distrito Federal: 2 (Minas Brasília e Real Brasília)

Minas Gerais: 1 (Cruzeiro)

Bahia: 1 (Bahia)

Mais transmissões na tv e na internet!  

O campeonato ganhou mais visibilidade e opções para que o torcedor possa acompanhá-lo. Na TV aberta, a transmissão segue por conta da Band. A novidade é que SporTV também passará algumas partidas na TV fechada. Na internet, será possível assistir aos confrontos pelo canal Desimpedidos, no YouTube, e pela plataforma MyCujoo.

Formato da disputa

Assim como as últimas edições, os 16 times se enfrentam em turno único na fase de classificação, totalizando 15 rodadas. Os oito primeiros avançam para as quartas de final, enquanto os quatro últimos são rebaixados para a Série A2 do Brasileiro. A segunda fase é eliminatória, com jogos de ida e volta tanto nas semifinais quanto nas finais — o time melhor classificado na primeira fase tem a prioridade pelo mando de campo na segunda partida. Os finalistas garantem vaga na Copa Libertadores da América.

Pausa que é ano de Olimpíadas (agora parece que vai)

O Brasileiro Feminino A-1 de 2021 está programado para começar no sábado (17 de abril) e se estende até 24 de junho , quando a competição terá uma pausa para a disputa dos Jogos de Tóquio 2020 (adiados para 2021). O campeonato está programado para ser retomado em 15 de agosto, quando se inicia a fase final.

 

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