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Grenoble (França) — Na falta da maior artilheira da história das Copas do Mundo feminina, Cristiane mostrou que tem experiência de sobra para assumir o papel de goleadora da Seleção Brasileira na última participação dela no torneio. A camisa 11 brasileira marcou três gols na vitória com direito à goleada por 3 x 0 sobre a Jamaica, neste domingo (9/6), no Stade dês Andes, em Grenoble. Marta, que desfalcou o time na estreia do Mundial por causa de uma lesão na coxa esquerda, acompanhou tudo do banco de reservas a pedido dela própria para ficar ao lado do restante do grupo. Mais cedo, também pelo Grupo C, a Itália surpreendeu ao bater a Austrália por 2 x 1.
Cristiane não atuava com a seleção há mais de um ano, desde que a equipe garantiu a vaga para o Mundial da França na Copa América do ano passado. Problemas físicos a impediram. Com o São Paulo, a atacante também pouco entrou em campo. Nos primeiros seis meses do ano atuando na segunda divisão do Campeonato Brasileiro, ela balançou as redes só duas vezes, ou seja, menos do que marcou em apenas uma partida da Copa do Mundo 2019. Com o desempenho, a 11 brasileira ultrapassou Sissi na artilharia do Brasil em Copas, se tornando a segunda maior goleadora da equipe em mundiais, com dez gol. Ela fica atrás apenas de Marta, com 15.
Não era apenas Cristiane que entrara em campo pressionada. A equipe comandada por Vadão queria apagar da memória as nove derrotas seguidas que amargou até a estreia na Copa do Mundo. Diante da estreante na competição Jamaica, a representante teoricamente mais fraca do grupo, o Brasil começou o jogo bastante ofensivo. Após chegar com perigo ao gol jamaicano por cinco vezes, a Seleção Brasileira abriu o placar aos 15 minutos de jogo. Cristiane abriu o placar de cabeça após cruzamento de Andressa Alves.
Com o placar atrás, a Jamaica conseguiu sair um pouco da pressão brasileira e construir algumas jogadas de contra-ataque. Aos 35, as Reggae Girlz, como são carinhosamente chamadas, criaram uma ótima chance, arrancando suspiros dos torcedores jamaicanos, que eram maioria nas arquibancadas. Ainda assim, as melhores oportunidades eram brasileiras. Aos 37, Andressa Alves desperdiçou um pênalti marcado após marcação de mão dentro da área. A jovem goleira Sydney defendeu a cobrança da camisa 10 do Barcelona no canto direito do gol jamaicano. Cristiane, porém, mostraria à colega de time que não era necessário se abater.
O Brasil ampliou o placar logo aos quatro minutos do segundo tempo. Debinha recuperou uma bola na saída de bola errada da Jamaica, Andressa Alves avançou com velocidade pela direita e cruzou rasteiro para dentro da área. Depois de passar por todo mundo, Cristiane, já meio sem ângulo, completou para o gol. A goleira Sydney Schneider ainda tentou salvar em cima da linha, mas a árbitra alemã Riem Hussein confirmou o segundo gol do Brasil no jogo.
E 14 minutos depois, Cristiane marcou o terceiro dela de falta. Em todas as vezes, a atacante comemorou com as companheiras e fez questão de ir até o banco de reservas cumprimentar todo o grupo. A artilheira do Brasil até o momento na Copa da frança foi substituída no meio do segundo tempo e saiu extremamente aplaudida. Entraram no segundo tempo Ludmila, Geyse e Diane. No fim do confronto, Ludmila ainda teve duas oportunidades em que apareceu de frente para o gol, mas desperdiçou. O dia era mesmo de Cristiane.
“Foi muito importante essa estreia, porque foi um recomeço para mim. Tive muitas lesões e fiquei um tempo afastada. Foi uma vitória muito pessoal, não imaginava marcar três gols, fui muito abençoada. É um orgulho e alegria muito grande representar as meninas do futebol feminino”, comemorou Cristiane após a vitória sobre a Jamaica.
Não foram apenas as jogadoras que saíram dos gramados aliviadas. O técnico Vadão gostou muito do que viu na estreia do time na Copa do Mundo da França. “Por tudo que aconteceu antes, tivemos muitos desfalques nos últimos amistosos e na preparação, e tivemos um desempenho muito bom na parte ofensiva”, avalia.
O técnico disse que já havia decidido apostar em Cristiane mesmo antes de não ter podido contar com ela em nenhum jogo neste ano. “Eu sempre confiei muito na Cristiane e queria conversar com ela após o anúncio da saída dela da Seleção. Eu pedi para ela voltar e, naquele momento, ela me respondeu que não toparia. Depois conversamos novamente e desde lá, quando ela topo, já apostamos nela”, explicou Vadão. “Por uma ocasião do destino, ela praticamente não jogou comigo neste ano. Mas falei com os médicos que iríamos esperar até os últimos dias com a Cristiane”, completou, satisfeito com a alegria da atacante.
O treinador, porém, reconheceu que o ataque brasileiro não foi tão eficiente, com excessão de Cristiane, claro. “Não nos preocupamos com goleada, mas com as chances desperdiçadas, porque sabemos que no fim da fase de grupos o saldo de gol pode fazer a diferença”, apontou. O treinador explicou que montou a estratégia para a estreia com base no estilo de jogo jamaicano. “Nós desenhamos o jogo para tentar levar a bola de pé em pé desde as zagueiras, com objetivo de desenvolver o jogo no chão, trabalhando a bola. Contra outros times vamos avaliar o estilo deles.”
O próximo compromisso do Brasil na Copa do Mundo é contra o algaz do Brasil na última Copa do Mundo, em 2015, após eliminar a equipe verde-amarela nas oitavas de final da Copa do Canadá. No mesmo grupo agora, nesta primeira fase da Copa da França, a Seleção Brasileira voltará a enfrentar a Austrália, na quinta-feira (13/6), às 13h (horário de Brasília), em Montpellier, na França. “Lógico que teremos de melhorar, mas fiquei muito satisfeito com esse jogo, Já a Austrália sempre foi um adversário muito desagradável para nós”, ponderou Vadão.
Por Maíra Nunes — Enviada especial
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