Cidade que recebe Brasil nas oitavas da Copa da França tem ligação com Niemeyer

Le Havre (França) — A 8.651 km de Brasília, Le Havre, cidade que recebe o duelo entre a Seleção Brasileira e a França, nas oitavas de final na Copa do Mundo de futebol feminino, tem ligação com a capital do país do futebol por meio da arquitetura. A cidade localizada no Norte da França, que ganhou o título de Patrimônio da Humanidade da Unesco, divide alguns traços arquitetônicos com a capital do país. Isso porque Oscar Niemeyer, arquiteto que participou da construção Brasília, também participou da construção de uma parte importante de Le Havre.

O Centro Cultural da cidade foi construído pelo brasileiro e inaugurado em 1982. A obra, conhecida como ‘O Vulcão’ pela forma que leva, tem dois edifícios: o principal abriga um auditório, do tipo anfiteatro, com 1200 lugares e o menor é onde funciona uma moderna biblioteca. Em 2011, o complexo sofreu uma renovação — realizada com a aprovação do arquiteto que faleceu em 2012 — e foi reaberto ao público em 2015.

Vista de cima, a obra de Niemeyer forma uma pomba, símbolo que remete à paz e se relaciona com a história da cidade que sofreu estragos das grandes guerras mundiais. Le Havre é a maior cidade da região da Normandia e fez parte de uma das regiões mais devastadas por bombardeio da Segunda Guerra Mundial.

Estádio cheio

É neste cenário histórico e marcante que o Brasil enfrentará as anfitriãs do Mundial. No domingo (23/6), Marta e Cia. buscam avançar no mata-mata no Stade Océane, maior estádio da região da Normandia, com capacidade para 25.000 lugares. A casa do jogo entre França x Brasil, que está com os ingressos esgotados, tem até um hotel com 20 quartos com vista para a arena.

Por Maria Eduarda Cardim — Enviada especial

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