Não tem faltado garra à Seleção Brasileira feminina de handebol. Com um início empolgante nos Jogos Olímpicos de Tóquio, as brasileiras começaram a ser chamadas de Leoas. O apelido pegou após o início empolgante na competição, com um empate sobre as atuais campeãs olímpicas, que nesta edição competem como Comitê Olímpico Russo (ROC), e vitória diante da Hungria. Mas a denominação surgiu poucos dias antes do torneio olímpico.
Como os jogadores da Seleção Brasileira masculina eram chamados de “guerreiros”, a equipe feminina do Brasil acabou herdando o “guerreiras”. Mas essa referência já era usada pela seleção espanhola há muito tempo. Então as próprias atletas decidiram adotar um novo codinome, que pode marcar a conquista da primeira medalha em Olimpíadas. “Não sei se partiu delas ou de outra pessoa, mas ficou perfeito. É a cara delas a #leoas”, conta Dara Diniz, ex-pivô e capitã da Seleção Brasileira.
Já concentradas em Tóquio, as jogadoras enviaram o pedido para Confederação Brasileira de Handebol (CBHb). Na verdade, a proposta do novo apelido já chegou pronta, com arte e tudo, produzida pela irmã da ponta esquerda Dayane Pires. E foi prontamente colocada nas redes. A hashtag #leoas começou a circular na internet no dia da estreia da Seleção feminina nos Jogos de Tóquio, contra o Comitê Olímpico da Rússia, no sábado (24/7).
E deu sorte. O apelido rapidamente pegou. Hoje, o fã desavisado que chamá-las de guerreiras logo é corrigido pelos próprios torcedores. “Nunca estivemos tão bem nas redes sociais. Agora, todo mundo só chama as jogadoras de Leoas. As próprias atletas, quando publicam algo, divulgam com a #leoas”, informa André Gustavo, responsável pelas mídias sociais da Seleção Brasileira de handebol.
Na estreia dos Jogos Olímpicos de Tóquio, as Leoas do Brasil empataram, em 24 x 24, com as atuais campeãs olímpicas, que em Tóquio são denominadas de Comitê Olímpico Russo (ROC), por 24 x 24. Tanto o resultado, quanto o desempenho dentro de quadra foram muito comemorados pelas brasileiras, que deixaram os torcedores esperançosos.
Na segunda partida pelo torneio olímpico, o Brasil venceu a tradicional Hungria, por 33 x 27, em mais uma performance convincente. O próximo desafio é contra a Espanha, nesta quarta-feira (28/7), às 23h (horário de Brasília). Mais uma pedreira para as Leoas, já que as espanholas foram vice-campeãs mundiais em 2019 e vão embaladas pela última vitória em cima da França.
Em caso de vitória das comandadas do técnico Jorge Dueñas, as brasileiras praticamente sacramentam a classificação para as quartas de final olímpica. O Brasil ocupa a segunda posição do Grupo B, com 3 pontos, atrás da Suécia, com 4. Na sequência estão França e Espanha, ambos com 2 pontos, Comitê Olímpico Russo, com 1, e a Hungria amarga a lanterna, sem nenhum ponto ainda.
A Seleção feminina passa por uma renovação. Das 15 jogadoras que defendem o país nos Jogos Olímpicos de Tóquio, apenas cinco chegaram com experiência na competição. A goleira Bárbara e a pivô Tamires disputaram os Jogos do Rio-2016, além de Alexandra Nascimento, Ana Paula Rodrigues e Duda Amorim, que estão na quarta Olimpíada seguida da carreira.
Com exceção da Tamires, essas quatro veteranas ajudaram o Brasil a conquistar o melhor resultado da história da modalidade para o país: o título do Campeonato Mundial em 2013, sob comando do técnico dinamarquês Morten Soubak. Com Duda recebendo o título de melhor jogadora do torneio.
Já a melhor campanha da Seleção feminina de handebol em Olimpíadas foi na Rio-2016, quando jogou em solo brasileiro, com o ginásio lotado em todas as partidas. Também sob comando de Morten, as brasileiras se classificaram em primeiro do grupo para a segunda fase do torneio e foram eliminadas nas quartas de final pela Holanda, por 23 x 32, terminando na 5ª colocação.
Além disso, as brasileiras acumulam seis medalhas de ouro em Jogos Pan-americanos no currículo de conquistas. A Seleção está invicta neste outro torneio olímpico desde 1999, na edição de Winnipeg (Canadá). A última conquista, no Pan de Lima-2019, carimbou a ida a Tóquio para participar das Olimpíadas.
Produzido por Maíra Nunes e Júlia Mano
Como se não bastasse a intensidade de sentimentos por disputar os primeiros Jogos Olímpicos da…
A brasiliense Nycole Raysla, 21 anos, atacante do Benfica que vinha sendo convocada nos últimos…
Goleira do Minas Brasília, Karen Hipólito é um dos nomes novos a ter oportunidade na…
O Brasil encerrou os Jogos Olímpicos de Tóquio-2020 com a melhor campanha da história no…
Definida pela primeira vez na disputa dos pênaltis, a final olímpica do futebol feminino terminou…
Após ser acordada com a notícia bomba do corte da oposta Tandara dos Jogos Olímpicos…