O Campeonato Mundial de Judô de 2018 mal começou e os expectadores já puderam ver grandes emoções no primeiro dia de competições. Nesta quinta-feira (20/9), a ucraniana Daria Bilodid de 17 anos se tornou a campeã mundial de judô mais jovem da história.
Foi em Baku, no Azerbaijão, sede do torneio este ano, que Daria venceu seu primeiro campeonato mundial adulto e quebrou o recorde. Daria luta na categoria -48 kg e para chegar no primeiro lugar do pódio do campeonato, teve que passar pela atual campeã olímpica, a argentina Paula Pareto, e pela defensora do título mundial, a japonesa Funa Tonaki.
A influência do judô veio por causa do pai. Daria é filha do ex-judoca Gennadiy Bilodid. O pai já disputou três Jogos Olímpicos e foi bronze no Mundial de 2005. Na época da medalha de bronze, Daria tinha apenas cinco anos. Um ano depois do bronze do pai, ela começou a praticar a modalidade e desde então nunca parou. “Comecei com seis anos e já sabia que era meu esporte”, contou a atleta em uma entrevista a Federação Internacional de Judô.
O sucesso no esporte já estava presente na vida de Daria antes mesmo do judô. Isso porque antes de se dedicar aos tatames, a ucraniana praticou ginástica rítmica e chegou a ganhar uma medalha de ouro em um campeonato com apenas quatro anos. No entanto, foi no judô que ela brilhou. A campeã venceu todas as últimas 30 lutas e é a atual terceira colocada do ranking mundial.
Apesar da pouca idade, Daria já planeja o que fazer após a carreira de judoca profissional. O plano é se tornar uma jornalista esportiva para conseguir ficar por perto das competições de judô. “Pra mim, o judô é vida porque toda minha família vive esse esporte”, explica a campeã mais jovem do mundo. Antes da ucraniana quebrar o recorde, o título de campeão mundial mais jovem pertencia a japonesa Ryoto Tani, que venceu com 18 anos em 1993. O francês Teddy Riner, atual campeão da categoria +100kg, também já foi dono do título.
Brasileiros em baixa no primeiro dia
No primeiro dia de competições, os brasileiros não alcançaram boas colocações. Eric Takabatake foi quem chegou mais longe. O brasileiro foi eliminado na repescagem da categoria ligeiro (-60 kg).
Os outros dois representantes do Brasil no primeiro dia de Mundial foram Gabriela Chibana e Phelipe Pelim. Ambos foram eliminados cedo. Chibana caiu na na segunda rodada diante da sétima colocada do ranking mundial. Já Phelipe acabou eliminado na estreia.
Nesta sexta-feira (21/9), outros quatro brasileiros entram no tatame para buscar medalhas. É a vez de Érika Miranda, Jéssica Pereira, Daniel Cargnin e Charles Chibana disputarem o torneio.
Entre eles, a brasiliense Érika é a judoca que tem o melhor retrospecto de resultados na competição. Ao todo, são quatro medalhas no Mundial: uma prata e três bronzes. A última medalha da judoca no Mundial foi o bronze conquistado ano passado, em Budapeste.