A volta do Brasília Vôlei à elite nacional ocorre em meio à pandemia do novo coronavírus. O elenco se apresentou na última terça-feira visando a Superliga 2020/2021, prevista para começar em 10 de novembro. Em vez dos tradicionais cumprimentos de boas vindas, as atletas foram direto para exames de covid-19. Todos os resultados deram negativo. Nesta sexta-feira (4/9), terminam os exames laboratoriais e avaliação clínica geral para, na próxima semana, começarem as avaliações físicas. Por enquanto, nada de trabalho em grupo com bola. Apenas movimentação individualizada na área de área e preparação física.
A pandemia imprimiu calendários de retomada das atividades diferentes para cada região do país e, consequentemente, para os 12 clubes da Superliga feminina. O Brasília Vôlei começou as testagens e avaliações físicas do elenco no início de setembro, mas ainda aguarda a liberação do Governo do Distrito Federal para começar os treinos coletivos. Já o Sesc RJ Flamengo voltou às quadras no início do mês passado e o Sesi Bauru retomou os trabalhos na terceira semana de agosto.
“É um ano em que o calendário é restrito. As ligas do mundo inteiro precisam acabar no máximo em abril, por causa das Olimpíadas, marcadas para julho de 2021. Não pode fazer vários jogos por semana, por conta da parte física e, principalmente, pelo risco de contágio das atletas. É um jogo de xadrez que precisa ser muito bem planejada e que seja disputada até o fim”, avalia o gestor do time da capital federal, Flávio Thiessen. A Confederação Brasileira de Vôlei (CBV) vem realizando reuniões frequentes com os representantes das equipes para organizar o início da Superliga de forma segura.
No primeiro semestre deste ano, os principais torneios nacionais de vôlei precisaram ser encerrados sem que houvesse a disputa dos playoffs. Foi a primeira edição em que a Superliga terminou sem campeão. Situação vivida pelo Brasília Vôlei na Superliga B um ano após o rebaixamento. O time ainda não havia perdido e estava em primeiro na competição de acesso, que acabou cancelada por causa da chegada da covid-19 no Brasil. O outro time a conseguir ascensão à elite foi o São José dos Pinhais.
Apesar da frustração de não ter podido disputar o título, Flávio Thiessen comemorou a volta à Superliga A, com direito a mensagem de que o Brasília Vôlei segue vivo no cenário nacional. Após um ano em que o gestor caracterizou como de fortalecimento do clube, que inclusive estreou uma equipe masculina na Superliga B, o principal objetivo para a próxima temporada é se manter na principal categoria do vôlei feminino do país. E, se puder beliscar uma vaga nos playoffs, melhor ainda, embora reconheça que seja uma meta “audaciosa”.
Metade do elenco comandado por Rogério Portela na Superliga B foi renovado. As experientes centrais Edna e Aline seguem na equipe, assim como a ponteira Silvana. Entre os reforços, destaque para o retorno da levantadora Vivian Lima, formada no Brasília Vôlei com passagens por Fluminense e Praia Clube. A ponteira Isa Paquiardi, ex-Pinheiros, e a central Fe Isis, ex-Flamengo, também já atuaram em solo candango. A jogadora que veio de mais longe foi a ponteira Paula Mohr, que atuou no Al-Ahly, no Egito, e acabou repatriada pelo time da capital.
Quem ficou:
Levantadora: Letícia Lima
Ponteiras: Silvana e Ingrid
Centrais: Aline, Edna e Geovana
Oposta: Ariane
Líbero: Vitória
Quem chegou:
Levantadoras: Vivian Lima (Praia Clube) e Ju Carrijo (Curitiba)
Ponteiras: Isa Paquiardi (Pinheiros) e Paula Mohr (Al-Ahly/Egito)
Centrais: Fê Isis (Flamengo), Vivi Goes (Curitiba)
Opostas: Sara Dias (Curitiba)
Técnico: Rogério Portela
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