Veja como seleção feminina de vôlei deve ir às Olimpíadas após a prata na Liga das Nações

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A menos de um mês para os Jogos Olímpicos de Tóquio, a Seleção Brasileira feminina de vôlei terminou a Liga das Nações com a medalha de prata na bolha montada em Rimini, na Itália. A final disputada nesta sexta-feira (25/6) foi digna da reedição de outras duas decisões olímpicas. O Brasil perdeu de virada para os Estados Unidos, por 3 sets a 1, com parciais 28/26, 23/25, 23/25 e 21 x 25.

Mais importante do que o pódio, porém, foi a oportunidade de colocar a seleção para jogar após um ano sem competir, devido à pandemia de covid-19. Na Liga das Nações, o técnico José Roberto Guimarães teve 17 jogos em um mês para dar entrosamento ao elenco e testar jogadoras. Agora, o desafio é diminuir o grupo para as 12 atletas que vão buscar o tricampeonato olímpico da Seleção feminina em Tóquio.

O Brasil entrou para a decisão da Liga das Nações com Macris, Tandara, Carol, Carol Gattaz, Gabi, Fernanda Garay e Camila Brait de titulares. A ponteira e capitã Natália, que ficou fora da maioria dos jogos por causa de uma lesão no dedo mínimo da mão esquerda, retornou às quadras no último dia 19 e começou a final no banco, mas ganhou minutos importantes em quadra visando recuperar o ritmo para os Jogos Olímpicos.

Contra os Estados Unidos, Zé Roberto também relacionou Dani Lins, Rosa Maria, Ana Cristina e Mayany para ficarem no banco. Já Adenízia, Roberta, Sheilla e Lorenne ficaram de fora da disputa pelo título. Pelas escolhas do treinador bicampeão olímpico, restam apenas duas dúvidas na lista de atletas que pretende levar para Tóquio.

Baseado nas presenças das atletas em quadra durante toda a competição na Itália, as mais cotadas para estarem no grupo olímpico são Carol Gattaz, Carol e Bia entre as centrais; Camila Brait de líbero; Tandara de oposta; Macris de levantadora; e Gabi, Fernanda Garay e Natália de ponteiras.

Para a vaga de segunda levantadora, a decisão está entre Roberta, que foi mais presente neste ciclo olímpico e foi relacionada para a semifinal contra o Japão, e a experiente Dani Lins, que tem a confiança de Zé Roberto nas duas últimas edições olímpicas e foi relacionada como reserva para a decisão da Liga das Nações contra os Estados Unidos.

Entre as 12, há ainda duas vagas para o ataque. A versátil Rosamaria aproveitou bem a oportunidade na Liga das Nações para convencer Zé Roberto. Além da ótima participação, Rosa vive uma das melhores temporadas da carreira no vôlei italiano e pode exercer a função de ponteira e oposta. Assim, abre uma brecha para o técnico brasileiro chamar mais uma ponteira ou oposta, decisão que fica entre a bicampeã olímpica Sheilla e a jovem Ana Cristina, de apenas 17 anos.

Já o treinador dos Estados Unidos, Karch Kiraly, optou por definir as 12 jogadoras que utilizará nas Olimpíadas já no fim da primeira fase da Ligas das Nações, dispensando o restante do grupo para os dois últimos jogos. Na final contra o Brasil, Kiraly repetiu a escalação que venceu a Turquia, por 3 sets a 0, na semifinal, com Poulter, Thompson, Akinradewo, Washington, Barstch, Larson e líbero Wong-Orantes. Deu certo.

Após uma campanha com apenas uma derrota, para a China, em 17 jogos, os Estados Unidos sagrou-se campeão da Liga das Nações e vai a Tóquio com moral para conquistar o inédito ouro olímpico das estadunidenses no vôlei feminino. A seleção norte-americana soma três medalhas de prata e duas de bronze em Jogos Olímpicos, mas nunca foi campeã desta competição.

Maíra Nunes

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