Brasil retira candidatura da Copa Feminina por falta de apoio do Governo

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O Brasil retirou a candidatura para sediar a próxima Copa do Mundo Feminina, em 2023. Segundo a Fifa, o país não apresentou as garantias necessárias do Governo Federal e os documentos de partes terceiras, públicas e privadas, envolvidas na realização do evento. A justificativa do governo brasileiro foi a pandemia de covid-19.

Na carta enviada pelo governo brasileiro, foi dito que “não seria recomendável, neste momento, a assinatura das garantias solicitadas pela Fifa por conta do cenário de austeridade econômica e fiscal, fomentado pelos impactos da pandemia da covid-19”.

A atitude do governo federal, porém, ocorre no sentido contrário à preocupação que vem demonstrando com os impactos da pandemia na vida dos brasileiros. O governo presidido por Jair Bolsonar (sem partido) segue minimizando a pandemia em uma dinâmica que implica em uma polêmica atrás da outra, enquanto o número de casos e mortes por causa da covid-19 cresce exponencialmente no país.

E, mesmo que o argumento do governo federal seja econômico, um Mundial que teve 1 bilhão de telespectadores na última edição, realizada na França em 2019, atrairia mais recursos ao país e movimentaria o turismo brasileiro após três anos do início da pandemia de covid-19 no Brasil.

A Confederação Brasileira de Futebol (CBF) se posicionou por meio de nota: “Diante do momento excepcional vivido pelo país e pelo mundo, a CBF compreende a posição de cautela do Governo brasileiro, e de outros parceiros públicos e privados, que os impediu de formalizar os compromissos no prazo ou na forma exigidos”.

A entidade máxima do futebol brasileiro acrescentou que existe uma preocupação com o acúmulo de eventos esportivos de grande porte realizados em curto intervalo de tempo no Brasil. Foram disputados no país, Copa das Confederações 2013, Copa do Mundo 2014, Jogos Olímpicos e Paralímpicos Rio-2016, Copa América-2019 e Copa do Mundo Sub-17- 2019.

“Esse acúmulo poderia não favorecer a candidatura na votação do próximo dia 25 de junho, apesar de serem provas incontestáveis de capacidade de entrega”, disse a CBF. O argumento, no entanto, vinha sendo usado como um dos fatores mais relevantes nas chances brasileiras para conquistar o direito de sediar a Copa Feminina pela primeira vez na história. Além de esse fator implicar um baixo custo para a promoção do evento, já que aproveitaria as arenas construídas para a Copa do Mundo de 2014.

Com a retirada da candidatura brasileira, a CBF passa a apoiar a Colômbia na eleição que terá o resultado anunciado em 25 de junho. Restaram na disputa também o Japão e a candidatura dupla de Austrália e Nova Zelândia.

Maíra Nunes

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