Futebol feminino: Brasil é eliminado das Olimpíadas pelo Canadá nos pênaltis

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Havia um duelo particular pela artilharia geral do futebol nas Olimpíadas nas quartas de final dos Jogos Olímpicos de Tóquio-2020. Marta, com 13 gols, e Christine Sinclair, com 12, tinham a chance de chegar na marca de Cristiane, que tem 14. Mas a vaga na semifinal foi decidida nos pênaltis, após um empate sem gols, nesta sexta-feira (30/7), em Miyagi (Japão). Bárbara até defendeu a cobrança de Sinclair, mas a goleira canadense Labbé pegou duas vezes, eliminando a equipe verde-amarela.

Após um primeiro tempo bastante estudado, o jogo ganhou emoção no segundo tempo. O Canadá parou no travessão em cabeçada de Gilles, enquanto a melhor chance do Brasil com Debinha foi abafada pela goleira Labbé. Com o placar zerado no tempo regulamentar e na prorrogação, a definição ficou para os pênaltis. Assim como na última edição olímpica, quando a Seleção Brasileira perdeu a medalha de bronze na Rio-2016 para o Canadá, a equipe norte-americana voltou a ser carrasca brasileira em Tóquio.

Primeiro tempo estudado

O Brasil começou tentando impor-se no jogo e conseguiu ter mais posse de bola no setor ofensivo nos primeiros 20 minutos. A primeira chance criada pelas brasileiras foi em jogada trabalhada entre Tamires e Marta, que terminou com uma finalização perigosa da lateral, mas que saiu por cima do gol da goleira Labbé.

O Canadá explorou as costas da lateral esquerda da linha de defesa brasileira. Aos 20 minutos, Lawrence foi lançada pela direita com espaço para avançar e cruzar para Sinclair. A atacante canadense que disputa artilharia geral das Olimpíadas com Marta, desta vez, dominou mal e a bola sobrou com tranquilidade para a goleira Bárbara. Aos 28, foi a jovem Beckie quem foi lançada nas costas da Tamires. Ela chutou rasteiro, à direita do gol.

A seleção canadense passou a assumir o meio campo, dificultando muito a transição brasileira para chegar ao ataque.O Brasil respondeu apenas aos 32 minutos, quando Formiga encontrou Duda pelo lado direito da área em velocidade. Chapman deu um carrinho para tirar a bola e a árbitra Stephanie Frappart marcou pênalti no primeiro momento. Mas a marcação foi anulada após revisão no VAR (árbitro de vídeo).

O lance acordou o Brasil, que teve a melhor chance com Debinha. Ao pressionar a saída de bola canadense, a brasileira interceptou o passe da zagueira Gilles e avançou sozinha contra Labbé, mas a goleira cresceu em cima para cima da dona da camisa 9 do Brasil e conseguiu desviar o chute da Debinha.

Segundo tempo aberto

O jogo ganhou emoção no segundo tempo. Aos 13, o Canadá acertou o travessão da Bárbara. Em bola levantada na área, Gilles ganhou a disputa da Bruna Benites e cabeceou com muito perigo. Apesar do lance, o Brasil voltou do intervalo com mais volume ofensivo, com mais movimentação e criatividade. Ludmila entrou no lugar de Bia Zaneratto, aumentando a velocidade do ataque brasileiro, e Angelina assumiu a posição da Formiga no meio campo.

Nos últimos 10 minutos do tempo regulamentar, os times começaram a sentir o desgaste físico. Aos 39, Ludmila avançou em velocidade pela direita com espaço, mas o cruzamento ficou muito forte para Debinha. A resposta foi imediata, com lançamento que encontrou Rose livre na área. A jogadora canadense perdeu tempo no domínio, possibilitando a recomposição da Érika, que abafou a finalização.

Emoção de sobra no fim

Sem gols também na prorrogação, a disputa foi para os pênaltis. Bárbara pegou a primeira cobrança, de Sinclair. Marta converteu para o Brasil. Na sequência, marcaram: Fleming e Debinha, Lawrence, Érika e Leon. Pelo Brasil, Andressa Alves parou na defesa da da Labbé. Gilles deixou o Canadá na frente. E a goleira canadense voltou a brilhar, quando também pegou a cobrança de Rafaelle.

Maíra Nunes

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