A escolha da Fifa pela sede da 9ª edição da Copa do Mundo Feminina premiou dois países que vêm se destacando na promoção da igualdade de gênero dentro do futebol. Austrália e Nova Zelândia igualaram os salários das jogadoras com os dos jogadores que atuam nas ligas nacionais dos respectivos países nos últimos anos. Os frutos dessas decisões podem já ser colhidos na primeira vez em que a Oceania irá receber um Mundial de futebol.
Em momentos distintos no futebol feminino, Austrália busca impulsionar ainda mais as Matildas, assim como ocorreu com a equipe francesa, anfitriã da última Copa, em 2019. Atualmente, a seleção australiana ocupa a sétima posição no ranking mundial do futebol feminino, com 1963 pontos; logo acima do Brasil, que soma 1958 pontos.
Diferentemente do Brasil, a Austrália nunca subiu no pódio em Mundiais ou Olimpíadas, mas foi a carrasca da equipe liderada por Marta nas últimas duas Copas. Já a Nova Zelândia, apesar de ter disputado a primeira edição da Copa feminina da Fifa, em 1991, nunca conseguiu passar da fase de grupos. Na 23ª posição do ranking, com 1757 pontos, vai para a quinta participação seguida em Copa.
A abertura da Copa do Mundo feminina na França, em junho de 2019, foi comemorada pela Austrália por uma conquista histórica fora dos campos. Um novo acordo coletivo entre representantes do futebol da primeira divisão do campeonato australiano feminino, a W-League, definiu que as jogadoras deveriam receber a mesma remuneração mínima que os colegas do torneio nacional masculino, o A-League.
A liga feminina é bem mais curta do que o da liga masculina. Por isso, fala-se que o salário mínimo das mulheres será o mesmo que o dos homens, mas proporcionalmente ao calendário jogado. Ainda assim, os reflexos já são consideráveis. Desde a última temporada, o salário base anual das jogadoras da W-League foi reajustado em 33% para 16.344 dólares australianos.
Em 2017, as jogadoras da W-League já haviam tido um aumento que praticamente dobrou o salário delas. A média salarial que era de 6.900 dólares australianos aumentou para 15.500. Também foi a primeira vez que uma política de maternidade foi implementada às atletas do torneio. Decisões tomadas pela Federação Australiana de Futebol (FAF), pelos clubes e pela organização que os representa.
Além disso, foram estabelecidas cláusulas de contrato como acordos comerciais para a W-League e melhoria na assistência médica mínima. Esse foi um marco para que o futebol feminino na transição do amadorismo para a profissionalização no país.
Na Nova Zelândia, foi a Federação Neozelandesa de Futebol que se comprometeu a igualar os salários e pagar os mesmos valores por direitos de imagem e premiação às seleções masculina e feminina. Até o anúncio da medida, feito em maio de 2018, o elenco masculino que defendia o país recebia mais e figurava em 133º lugar do ranking mundial da Fifa, enquanto a feminina estava na 20º posição.
A decisão atendeu às reivindicações de igualdade pleiteadas pelas jogadoras. Outra conquista inclusa no pacote foi a igualdade nas condições de viagem. Desde então, a seleção feminina da Nova Zelândia também viaja de primeira classe nos percursos com seis horas ou mais de duração. No ano anterior, a Noruega havia estabelecido condições de igualdade semelhantes entre as seleções masculina e feminina.
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