Audiência da Copa do Mundo e do Brasileirão evidencia potencial do futebol feminino

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Após uma temporada sem transmissão de nenhuma empresa ou emissora em 2018, o Campeonato Brasileiro feminino A1 começou 2019 com parceria entre CBF e Twitter para passar os jogos ao vivo pelo perfil @BRFeminino na rede social. Com a proximidade da Copa do Mundo da França, o torneio nacional chegou à TV aberta por meio da Band, que reservou o horário das 14h, nos domingos, para o torneio. No último domingo (4/8), Vitória 1 x 2 Corinthians, pela 15ª rodada, superou a audiência de Masterchef, programa de maior sucesso da emissora. Agora é o SporTV que mostra interesse pela competição.

Enquanto a vitória corintiana rendeu 3,4 pontos de média (4,3 pontos de pico), o programa de desafio culinário da Band que foi ao ar no mesmo dia teve média de 3,3 pontos, chegando a 4,1 pontos de pico. Segundo o Dibradoras, o principal canal esportivo da TV fechada conversa com a CBF para transmitir a fase final da primeira divisão, a Série A2; e as duas partidas da final da segunda, a chamada A2. A proposta é fazer como a Band, que fixou um dia da semana para o futebol feminino brasileiro. Ambos experimentaram o potencial da modalidade na Copa do Mundo disputada na França, em junho e julho de 2019

O jogo de maior audiência de todo o Mundial feminino foi Brasil x França. Mais de 35 milhões de brasileiros assistiram à derrota da equipe verde-amarela ainda nas oitavas de final. O recorde anterior era dos Estados Unidos, que teve 25,4 milhões de espectadores no canal Fox para a final de 2015, entre americanas e japonesas, no Canadá. Neste ano, mesmo fora da decisão, o Brasil teve o maior número de espectadores em todo o mundo para a decisão entre Estados Unidos e Holanda: 19,935 milhões de pessoas, contando as transmissões de Globo, SporTV e Band.

Os números colocam abaixo a afirmação até pouco tempo recorrente de que o futebol feminino não gera interesse público. A Copa do Mundo evidenciou o potencial consumidor da modalidade, principalmente no Brasil, um país apaixonado por futebol. Bastava transpor uma barreira chamada preconceito. Com a chegada da televisão, a oportunidade de negócio com o esporte se expande para outros setores. A Uber entrou como a primeira patrocinadora do brasileirão feminino após o sucesso o Mundial da França.

Um ano em branco de transmissão

Em 2018, o Campeonato Brasileiro feminino perdeu a única patrocinadora que tinha desde 2013, a Caixa Econômica Federal. A Sport Promotion, dona dos direitos sobre a competição e responsável por organizá-la, chegou a vender os direitos de transmissão para a TV Brasil, por exemplo. Com a retirada do patrocínio da Caixa, a maior competição nacional do futebol feminino não foi transmitida no ano passado — com exceção dos dois jogos da final, que tiveram transmissão da CBF ao vivo por meio do site e das contas da entidade no Facebook, Youtube e Twitter. Alguns torcedores filmavam os jogos das arquibancadas e os disponibilizam nas próprias contas em redes sociais.

Veja onde assistir a Série A1 e A2 do Brasileirão feminino 2019

> CBF TV, por meio do streaming do site MyCujoo

> Twitter no perfil @BRFeminino dentro da rede social

> Band, às 14h, no domingo

> SporTV (em negociação com a CBF para participar das transmissões)

Maíra Nunes

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