Copa da Rússia tem 45 casos de assédio sexual registrados

Compartilhe

Números e estatísticas são comuns em uma Copa do Mundo. Enumerar gols, defesas, faltas e títulos faz parte do universo do Mundial de futebol. No entanto, um dos dados que marcou a Copa da Rússia foi o número de casos de assédio sexual. Ao todo, 45 foram registrados, segundo a entidade Fare, aliada da Fifa no controle de questões de discriminação.

Os dados foram divulgados nesta quarta-feira (11/7) pelo diretor da Fare, Piara Power, em uma entrevista coletiva em Moscou. Os 45 casos de assédio sexual foram divididos em dois segmentos. 30 deles foram sofridos por mulheres nas ruas e estádios e os outros 15 foram denunciados por jornalistas, que trabalhavam na cobertura do Mundial.

De acordo com Piara Power, o número pode ser ainda maior. “Claramente esse número é subestimado. Talvez o número real seja 10 vezes maior do que este, mas é difícil saber porque têm casos que não foram reportados”, explica.

Piara lembrou também que vários casos ficaram famosos e foram conhecidos com a ajuda da internet. Os casos vieram a público por meio de vídeos compartilhados nas redes sociais e alguns deles foram protagonizados por brasileiros. O mais comentado foi um incidente, no qual seis homens induzem uma mulher estrangeira, que não conhecia o idioma português, a falar palavras obscenas referentes à cor de seu órgão sexual.

Outro episódio de assédio conhecido nas redes sociais foi o caso de um torcedor argentino que foi expulso de qualquer evento relacionado à Copa do Mundo. Néstor Penovi, natural de Wilde, província de Buenos Aires, se aproveitou da barreira linguística para expor uma adolescente russa. Após o episódio, o torcedor perdeu a sua Fan ID, identificação que permite o acesso aos jogos.

Jornalistas denunciam assédio sexual

Além de torcedoras estrangeiras, as jornalistas também foram alvo de episódios de assédio sexual. Um dos mais comentados pela imprensa brasileira  foi o caso da repórter da TV Globo. Enquanto fazia uma participação ao vivo na emissora, em Ecaterimburgo, antes da partida entre Japão e Senegal, a repórter Julia Guimarães quase foi beijada por um torcedor.

Julia se pronunciou e lamentou o caso nas redes sociais. “É difícil encontrar palavras… Por sorte, nunca vivi isso no Brasil! Aqui já aconteceu por 2 vezes. Triste! Vergonhoso!”, postou.

Maria Eduarda Cardim

Posts recentes

Macris diz que lesão nas Olimpíadas está cobrando o preço: “Longe dos meus 100%”

Como se não bastasse a intensidade de sentimentos por disputar os primeiros Jogos Olímpicos da…

3 anos atrás

Atacante Nycole, de Brasília, rompe LCA e adia sonho com a Seleção

A brasiliense Nycole Raysla, 21 anos, atacante do Benfica que vinha sendo convocada nos últimos…

3 anos atrás

Goleira do Minas Brasília, Karen é convocada para a Seleção Brasileira

Goleira do Minas Brasília, Karen Hipólito é um dos nomes novos a ter oportunidade na…

3 anos atrás

Medalhas femininas do Brasil praticamente dobram da Rio-2016 para Tóquio-2020

O Brasil encerrou os Jogos Olímpicos de Tóquio-2020 com a melhor campanha da história no…

3 anos atrás

Canadá vence Suécia na primeira final olímpica do futebol feminino definida nos pênaltis

Definida pela primeira vez na disputa dos pênaltis, a final olímpica do futebol feminino terminou…

3 anos atrás

Sem Tandara, Brasil domina Coreia do Sul e pegará EUA na final de Tóquio-2020

Após ser acordada com a notícia bomba do corte da oposta Tandara dos Jogos Olímpicos…

3 anos atrás