Lembre os 10 pódios (e cores de cabelo) da maior medalhista mundial da maratona aquática

Compartilhe

Ana Marcela Cunha começou a trajetória na maratona aquática cedo. Aos 14 anos, disputou o primeiro Mundial de Esportes Aquáticos dela. Nele, a brasileira não subiu ao pódio, mas acumulou experiência para se tornar a maior medalhista da história da maratona aquática em Mundiais aos 27 anos. Nesta semana, a baiana de Salvador conquistou o ouro nos 5km do Mundial de Gwangju, na Coreia do Sul, ultrapassando a holandesa Edith Van Dijk (com nove) na somatória de medalhas em Mundiais.

Como são muitos pódios, o Elas no Ataque relembra as 10 vezes que Ana Marcela pendurou a medalha mundial no pescoço, deixando o Brasil em destaque no esporte. Veja as conquistas e as cores do cabelo da campeã mundial em cada uma delas: 

Ouro nos 5km no Mundial de Gwangju-2019

Apenas 1 segundo à frente da francesa Aurelie Muller garantiu o ouro à Ana Marcela Cunha nos 5km do Mundial de Esportes Aquáticos de Gwangju-2019. O sprint nos últimos metros da prova foram decisivos para que a brasileira garantisse o lugar mais alto do pódio com o tempo de 57min56s, chegando a quatro ouros mundiais na carreira, que ainda tem duas pratas e quatro bronzes no torneio.

“Estou muito feliz, nunca imaginei isso, eu só queria ganhar, poder dar meu melhor. Dez medalhas, eu me sinto normal, continuo sendo a mesma Ana Marcela que disputou o primeiro Mundial, lá em 2006, com 14 anos. É um currículo e tanto, é um orgulho, mas nada altera minha cabeça”

Satiro Sodré/rededoesporte.gov.br


Ouro nos 25km no Mundial de Budapeste-2017

A baiana conquistou o tricampeonato mundial dos 25km com o cabelo completamente rosa. Em uma arrancada no último quilômetro da maratona aquática, quando ultrapassou a holandesa Sharon Van Rouwendaal (prata) e a italiana Arianna Bridi (bronze). Aos 25 anos, Ana Marcela terminou a prova em 5h21min58s.

Atila Kisbenedek/AFP

Bronze nos 10km no Mundial de Budapeste-2017

No lago de Balaton, próximo à da Hungria, a baiana dividiu a medalha de bronze com a italiana Arianna Bridi, com o tempo de 2h00m17s20. A vencedora foi a francesa Aurelie Muller (2h0m13s70) seguida pela equatoriana Samantha Arrevalo. A conquista foi especial por ter ocorrido nove meses depois de uma delicada cirurgia em que a atleta retirou do baço.

“Me senti um pouco cansada no meio da prova, mas depois da alimentação me senti mais forte e com força para brigar nos últimos metros. Olhei pra frente e vi que a campeã olímpica tava ali e pensei: ‘tenho que ir com ela’

Bronze nos 5km no Mundial de Budapeste-2017

Três dias depois de conquistar medalha na prova dos 10km, Ana Marcela Cunha voltou a ganhar a medalha de bronze no Mundial de Esportes Aquáticos de Budapeste, desta vez, na prova de 5 km, com o tempo de 59min11s40. Para subir ao pódio, a baiana superou na batida de mão a holandesa Sharon van Rouwendaal, que foi ouro na maratona aquática de 10 km nas Olimpíadas do Rio-2016. A americana Ashley Twichell ficou com o ouro, com 59min07s.

Ouro nos 25km no Mundial de Kazan-2015

Aos 23 anos, Ana Marcela foi com as laterais do cabelo pintado de roxo para o Mundial de Kazan-2015, na Rússia. Com o visual, ela levou a melhor sobre a húngara Anna Olasz, que ficou com a prata com 26 segundos de diferença, conquistando o bicampeonato nos 25km com o tempo de 5h13m27s. O ouro fechou a conta de três medalhas abocanhadas por ela naquela edição e foi o alívio após ter ficado fora das Olimpíadas de Londres, em 2012.

“Esse ano, viemos mais preocupados em pegar a vaga olímpica, mas a gente sabia que se eu nadasse bem os 10km e ganhasse da Poli (Poliana Okimoto) nadaria a prova por equipe. E nos 25km, entrei com outra cabeça, outro pensamento, para buscar a medalha. A gente está muito feliz por ter concretizado isso, não tenho nem palavras”

Prata nos 5km por equipe em Kazan-2015

Ainda em 2015, Ana Marcela comemorou a medalha de prata na prova de 5 km por equipes. Ao lado da baiana, Allan do Carmo e Diogo Vilarinho formaram o trio brasileiro que terminou a prova em segundo lugar, empatado com o time da Holanda, com o mesmo tempo de 55min50s6. Os atletas viveram momentos de ansiedade até a confirmação do resultado, já que o chip da equipe brasileira deu um problema e atrasou um pouco para exibir a classificação no telão. A Alemanha foi a campeã, com 55min31s2.

Bronze nos 10km no Mundial de Kazan-2015

A conquista do bronze de Ana Marcela na maratona aquática dos 5 km foi a primeira medalha conquistada pelo Brasil no Mundial de Kazan-2015. A brasileira fez o terceiro com o tempo de 1h58m26s, atrás da holandesa Sharon von Roudenwaal, até então campeã da Europa (prata) e da francesa Aurelie Muller (ouro).

Prata nos 10km no Mundial de Barcelona-2013

Poliana Okimoto e Ana Marcela Cunha conquistaram uma dobradinha inédita, com ouro e prata, respectivamente. A disputa pela ponta foi emocionante, com direito a chegada decidida na batida de mão na placa. Ana Marcela ficou em segundo lugar, com 1h58m19s5, apenas três décimos a menos que Poliana. As duas já tinham subido ao pódio na prova dos 5km no mesmo mundial.

Poliana Okimoto (esq) e Ana Marcela (dir): dobradinha brasileira no pódio nos 5km e nos 10km no Mundial de 2013

Bronze nos 5km no Mundial de Barcelona-2013

No Mundial de Barcelona-2013, na Espanha, o Brasil fez a primeira dobradinha brasileira no pódio da prova de 5km. Agora aos 21 anos, Ana Marcela Cunha chegou na metade do percurso na 12ª posição e se recuperou na parte final da prova, terminando na terceira colocação com o tempo de 56m44s7. Poliana Okimoto ficou com a prata, com 56m34s4.

“Era a prova mais difícil que eu tinha na competição. Imaginava que seria a minha pior colocação, porque não consigo imprimir um ritmo bom desde o início. Estou muito surpresa com a medalha. Quando vi a grega (Mariana Lymperta) crescendo do meu lado, aí é que bateu uma aflição maior, mas consegui”


Ouro nos 25km no Mundial de Xangai-2011

A primeira medalha em Mundiais de Esportes Aquáticos já foi de ouro — e com cabelo pintado! Ana Marcela Cunha tinha apenas 19 anos quando venceu a prova dos 25 km, com o tempo de 5h29m22s, em Xangai, na China. A prova contou inclusive com polêmicas sobre a temperatura da água, que estaria 32ºC, um grau acima do permitido.

“Eu fui a zebra, estou muito feliz agora (exceto) pela dor, porque está tudo doendo, mas depois de conquistar a medalha, a gente até esquece um pouco”, disse a atleta, logo após a conquista.

Maíra Nunes

Posts recentes

Macris diz que lesão nas Olimpíadas está cobrando o preço: “Longe dos meus 100%”

Como se não bastasse a intensidade de sentimentos por disputar os primeiros Jogos Olímpicos da…

3 anos atrás

Atacante Nycole, de Brasília, rompe LCA e adia sonho com a Seleção

A brasiliense Nycole Raysla, 21 anos, atacante do Benfica que vinha sendo convocada nos últimos…

3 anos atrás

Goleira do Minas Brasília, Karen é convocada para a Seleção Brasileira

Goleira do Minas Brasília, Karen Hipólito é um dos nomes novos a ter oportunidade na…

3 anos atrás

Medalhas femininas do Brasil praticamente dobram da Rio-2016 para Tóquio-2020

O Brasil encerrou os Jogos Olímpicos de Tóquio-2020 com a melhor campanha da história no…

3 anos atrás

Canadá vence Suécia na primeira final olímpica do futebol feminino definida nos pênaltis

Definida pela primeira vez na disputa dos pênaltis, a final olímpica do futebol feminino terminou…

3 anos atrás

Sem Tandara, Brasil domina Coreia do Sul e pegará EUA na final de Tóquio-2020

Após ser acordada com a notícia bomba do corte da oposta Tandara dos Jogos Olímpicos…

3 anos atrás