Do sonho olímpico ao UFC: conheça a trajetória da campeã Amanda Ribas

Publicado em MMA

Faixa preta em jiu-jitsu e judô, a brasileira Amanda Ribas teve de adiar a expectativa de lutar no UFC diante do tradicional “caldeirão” que a torcida brasileira faz nas arquibancadas em dia de evento. A primeira luta dela pela organização em solo brasileiro não contou com público, no último sábado, em cumprimento ao decreto do GDF que proibiu aglomerações por causa da pandemia do novo coronavírus. Mas essa não foi a primeira vez que a lutadora de 26 anos teve de adiar um sonho no esporte.

Filha do também lutador Marcelo Ribas, Amanda começou a treinar artes marciais com o pai aos três anos. Experimentou fazer dança quando os colegas da escola zombaram que ela ficaria muito forte no jiu-jitsu. Mal sabiam que, anos depois, se tornaria uma lutadora de UFC com fama de “musa”. “A coisa legal disso é para as meninas verem que dá para ser musa e lutar”, defende, a atleta do peso-palha.

Como judoca, dividiu quarto com Ketleyn Quadros, a primeira medalhista olímpica mulher do Brasil em esportes individuais e chegou a ser selecionada para a seletiva dos Jogos Olímpicos de Londres, em 2012, mas se lesionou e ficou fora. A lesão lhe custou duas cirurgias no joelho direito no intervalo de um ano e a afastou do esporte. A volta já foi no MMA. Quando alcançou a sexta vitória, em 2017, foi convidada para integrar o UFC. O que era para ser um sonho virou o segundo drama da vida de Amanda Ribas.

Flagrada no exame antidoping antes da primeira luta, ela foi punida com dois anos de suspensão. Quando havia cumprido 1 ano e 8 meses, teve a inocência comprovada. Amanda havia tomado um suplemento contaminado.

Bem humorada, a mineira de Varginha estava na 15ª posição do ranking do peso-palha quando encarou — e venceu — a norte-americana Randa Markos no sábado. Antes da exibição em Brasília, havia somado duas vitórias em duas lutas. Sobre Emily Whitmire, dos EUA, por finalização com um mata leão. E com a também brasileira Mackenzie Dern, por decisão unânime.

 

Invicta, Amanda Ribas conquista a terceira vitória no UFC 

Amanda Ribas atropelou a norte-americana Randa Markos no peso-palha do UFC Brasília, no último sábado (14/3). Ex-campeã mundial de MMA amador, a mineira ignorou a experiência da adversária e protagonizou a melhor luta do card inicial do evento. Foi bem na trocação, encaixou chutes rodados na altura da cintura e quase finalizou em duas oportunidades diferentes, mas a americana se recusou a bater em desistência. A terceira vitória no UFC saiu por decisão unânime (30-26, 30-25, 30-25).

“Consegui mostrar que não sou uma atleta só de judô ou só de jiu-jitsu ou só de muay thai. Sou uma atleta de MMA. Lutei em pé, no chão. Claro que eu queria o nocaute ou a finalização, mas a vitória veio”, avaliou Amanda. Confiante, a atleta de 26 anos pediu para lutar com a Paige VanZant. “A gente estava programada e eu ainda quero enfrentá-la. Se ela quiser lutar no peso-mosca, estou aqui, esperando. Mas sou ambiciosa. Também toparia lutar com a vencedora da luta entre a Carla Esparza e a Michelle Waterson”, avisou.

Entrevista: Amanda Ribas fala sobre guinada no UFC e fama de musa

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