Líder do governo Ibaneis diz que CPI do Terrorismo será instalada e vai investigar

Compartilhe

ANA MARIA CAMPOS/Da coluna Eixo Capital

À Queima Roupa: Deputado Robério Negreiros, líder do governo na Câmara Legislativa

“A decisão de abertura foi proposta pelos 24 deputados em unanimidade. A CPI sairá do papel e exercerá seu objetivo constitucional de investigação”

A CPI dos Atos Antidemocráticos ou CPI do Terrorismo, como está sendo chamada, vai sair mesmo?

A decisão de abertura foi proposta pelos 24 deputados em unanimidade. A CPI sairá do papel e exercerá seu objetivo constitucional de investigação.

Você anunciou que pode participar, mas não quer nenhum cargo, como presidente ou relator. Por quê?

Como primeiro signatário tenho assento garantido pelo regimento interno da Casa. Porém, só irei participar se o meu bloco partidário me indicar como titular. A sinalização, até o momento, é que serei um dos titulares da CPI. Não disputarei a presidência e nem a relatoria pelo fato de eu estar exercendo a função de líder do governo. Isso ajuda na imparcialidade dos trabalhos.

Qual vai ser o foco?

A CPI terá o foco de buscar os responsáveis pela ocorrência dos eventos que depredaram a Praça dos Três Poderes, bem como eventuais omissões ou sabotagens ao plano de segurança previamente planejado pela SSP/DF.

Acha que o governador Ibaneis Rocha deve prestar depoimento?

A CPI não tem o poder de convocação do governador. Há vedação, em face do princípio constitucional de separação dos poderes.

A CPI tem poder para convocar o ex-secretário Anderson Torres e o ex-comandante da PM coronel Fabio Augusto, que estão presos?

Certamente. A tendência é a devida convocação. E, se necessário, a oitiva, após aprovação pelos membros da CPI, poderá ser feita no ambiente de custódia de ambos. São atores que precisam elucidar muitos fatos.

Qual é a sua opinião sobre a proposta de federalizar a segurança pública do DF?

Sou absolutamente contra. Como deputado legitimamente eleito pela população, tenho o dever de defender a autonomia do DF.

E sobre a criação de uma guarda nacional?

Apesar de ser um tema afeito ao Congresso Nacional, sou contra, pois em muitos países que instituíram esse modal, a militarização da segurança pública se “aprofundou” sem que houvesse controles internos e externos que garantissem o respeito aos direitos humanos.

Ana Maria Campos

Editora de política do Distrito Federal e titular da coluna Eixo Capital no Correio Braziliense.

Posts recentes

Poupança-Escola, programa criado no DF, vira Bolsa Pé de Meia

Sancionado ontem pelo presidente Lula, o projeto que ficou conhecido como “bolsa pé de meia”…

4 meses atrás

Plano de policiamento da Esplanada: previsão é de paz no próximo 8 de janeiro

Está tudo pronto no plano de policiamento da Esplanada dos Ministérios para o 8 de…

5 meses atrás

Em uma semana, quase 800 mil pessoas aderiram ao Celular Seguro

Um dos programas de destaque do Ministério da Justiça e Segurança Pública é o Celular…

5 meses atrás

De olho em 2026: Celina desponta como possível candidata, mas vice é dúvida

Por Luana Patriolino (interina) - O ano ainda nem acabou, mas as movimentações para as…

5 meses atrás

Damares pode prejudicar Celina se decidir concorrer ao Buriti

Entre os possíveis candidatos ao Palácio do Buriti em 2026 está a senadora Damares Alves…

5 meses atrás

Kokay foi única parlamentar do DF a votar a favor do fim da desoneração da folha

A deputada federal Érika Kokay (PT) foi a única parlamentar do DF a votar a…

5 meses atrás