Ibaneis Rocha trabalha para reduzir apoio a adversários

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Coluna Eixo Capital, por Ana Maria Campos

O governador Ibaneis Rocha (MDB) tem trabalhado para atrair partidos que orbitavam em torno de outras candidaturas ao Palácio do Buriti. Foi o caso do Pros-DF, que anunciou apoio à reeleição de Ibaneis, e o Solidariedade. A legenda esteve sob a presidência regional do ex-senador Hélio José que chegou a gravar inserções elogiando José Antônio Reguffe (União). Mas, para seguir com Ibaneis, o Solidariedade está sob novo comando no DF, o deputado federal Lucas Vergílio, de Goiás, que ontem também declarou apoio à reeleição do governador. Ibaneis tem conversado com dirigentes do União Brasil, partido de Reguffe. O governador tem um bom interlocutor, o ministro da Justiça e Segurança Pública, Anderson Torres, que é muito amigo do presidente do União Brasil no DF, Manoel Arruda. Mas o partido mantém a disposição de ter candidatura própria ao Buriti.

Chapa pura

O ex-governador José Roberto Arruda (PL) tem dito que não será candidato ao governo, porque a vez é de Flávia Arruda (PL) no Senado e fica difícil formar uma chapa com dois majoritários do mesmo partido. Mas não foi isso que aconteceu em 2006, quando Arruda e Paulo Octávio, então no PFL, uniram forças e um foi candidato a governador; e o outro, vice.

Mais cotada
Entre as três possíveis vices para a chapa de Rafael Parente (PSB), a mais cotada, até ontem, era a professora Janaína Almeida (PSB) — educadora há 25 anos. Ela ganha força também pelo simbolismo da mulher negra.

Em discussão
Ex-presidente do Sindicato dos Enfermeiros, Dayse Amarillo (PSB) também está no páreo. Mas ela é pré-candidata a deputada distrital e tem um compromisso com sua base e grupo político. Também enfermeiro, Marcos Wesley (PSB) vai a federal em dobradinha com Dayse. Por isso, ela ainda avalia os caminhos.

Um voto e dois eleitos
O senador Izalci Lucas (PSDB-DF) deve ter todo o interesse em manter uma boa relação com o advogado Felipe Belmonte. O marido da deputada Paula Belmonte (Cidadania-DF) é o suplente de Izalci e, na hipótese de vitória do senador na disputa ao Governo do DF, ele assume quatro anos de mandato. O eleitor de Izalci precisa estar seguro de que está fazendo uma boa escolha. Vota em um para o Executivo e elege o outro para o Legislativo.

Mais tempo para aliança
A convenção do PDT-DF, que vai confirmar a candidatura da senadora Leila Barros ao GDF, foi adiada. Seria domingo e foi transferida para a próxima quinta-feira, quase no fim do prazo, que é sexta-feira. O motivo, segundo integrantes do partido, é a agenda de Ciro Gomes e do presidente nacional do PDT, Carlos Lupi. Com o quadro tão nebuloso nas coligações, mais tempo significa mais possibilidades de construção.

Ana Maria Campos

Editora de política do Distrito Federal e titular da coluna Eixo Capital no Correio Braziliense.

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