Andréia Moura: ‘”Precisamos de representantes preparadas e sensíveis às causas humanas”

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À queima-roupa // Andréia Moura, presidente do PSDB Mulher-DF, coordenadora do PSDB Mulher nacional para a região Centro-Oeste

por Ana Maria Campos

Como o PSDB-Mulher está se preparando para disputar a eleição de outubro próximo?
Estamos sempre em movimento, mesmo na pandemia. Sob a liderança da presidente nacional do PSDB Mulher, a ex-governadora Yeda Crusius, criamos uma plataforma online para formação política e promovemos seminários virtuais de preparação das tucanas. Neste ano, em diversos estados e no Distrito Federal, realizamos a “Força Tarefa: Mulheres que Constroem um Brasil Melhor”, capacitando as filiadas e pré-candidatas. Aqui no DF, estamos desenvolvendo um EAD de Formação Política e realizando nas cidades palestras e debates dobre a importância da participação de mais mulheres na política pela igualdade.

Como será resolvida a questão da Federação PSDB/ Cidadania?
O Estatuto da Federação é claro em seus artigos e passa pela decisão da Federação Nacional, presidida pelo presidente do PSDB Nacional, Bruno Araújo, que já convocou toda a Executiva da Federação para decidir a coordenação do processo político majoritário e proporcional no Distrito Federal. Temos a certeza de que o comando será do senador Izalci, nosso pré-candidato ao Governo do DF.

A disputa pelo poder entre o senador Izalci (PSDB) e a deputada Paula Belmonte (Cidadania) não atrapalha as candidaturas femininas aqui em Brasília?
Não atrapalha. Nossas pré-candidatas e filiadas participam dos acontecimentos partidários, estão cientes do processo e continuam ativas, apoiando o PSDB e o Senador Izalci.

Como o PSDB-Mulher de Brasília está se preparando para compor a chapa feminina na eleição?
Estamos trabalhando pela meta 50/50 com o apoio do senador Izalci. Considerando o grande número de pré-candidatas/os que temos, de forma democrática, constituímos um ranking, em que cada uma e cada um pontuará conforme o desenvolvimento de seu trabalho político, concorrendo em pé de igualdade, oportunizando de forma meritória para a conquista da vaga.

Qual a sua avaliação sobre o papel da mulher na política brasileira e na política local?
Somos a maioria do eleitorado no Brasil e, no DF, com essa conquista vem a responsabilidade de escolhermos as representantes que conduzirão pelos próximos quatro anos as políticas públicas que efetivamente atendam as pessoas mais necessitadas. Vivemos numa pandemia de covid-19 com inflação, desemprego e fome no Brasil. Mais do que nunca, precisamos de representantes preparadas e sensíveis às causas humanas na gestão do Brasil e do Distrito Federal.

A bancada feminina do DF é uma das maiores, proporcionalmente, entre os estados brasileiros. Qual a explicação que a senhora tem pra isso?
Avançamos com a maioria na bancada federal do DF, mas somos a minoria na Câmara Legislativa. Das 24 cadeiras, somente três mulheres foram eleitas em 2018, uma realidade que precisa ser mudada. Com a mudança na legislação, o PSDB já está investindo na preparação e na campanha de suas candidatas, considerando que os votos em mulheres e negros contarão o dobro para a Câmara Federal, para fins de distribuição dos recursos do fundo partidário e eleitoral. Em 2018, o PSDB Mulher gerenciou os recursos partidários e eleitorais destinados às mulheres e conseguiu eleger a maior bancada federal feminina do Brasil. Este ano queremos repetir e aumentar o feito com mais tucanas eleitas por seus estados e Distrito Federal.

Ana Maria Campos

Editora de política do Distrito Federal e titular da coluna Eixo Capital no Correio Braziliense.

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