Joaquim Roriz Neto: “Pretendo algum dia ser governador de Brasília”

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À Queima-roupa // Joaquim Roriz Neto, pré-candidato a deputado distrital (PL)

por Ana Maria Campos

Você se considera o herdeiro político do seu avô Joaquim Roriz?
Sem a menor sombra de dúvida. Legitimamente. Sou o neto dele. Toda a família, inclusive minha avó Weslian (Roriz), é taxativa em me apontar como o único representante dos Roriz na política. E todos os antigos apoiadores do meu avô, aquelas pessoas que suavam a camisa nas campanhas ou que simplesmente mantêm afeto por ele, são agora apoiadores meus e me apontam como a esperança de ter alguém que olhe pelos mais humildes como o meu avô olhava. Tanto que muitos falam pra mim: “Joaquim Roriz fez, Joaquim Roriz Neto vai fazer”.

Seu nome é o mesmo do ex-governador. Você foi preparado desde criança para entrar na política?
Preparado, não. Mas vivi a política intensamente, porque morava com meus avós, e a política era feita da sala para a cozinha da minha casa. Lembro-me dos aniversários do meu avô, em que ele abria a casa e apareciam milhares de pessoas para abraçá-lo; das reuniões todos os dias; dele atendendo todo mundo. Então, acho que fui preparado para fazer política como ele fazia, tratar as pessoas com respeito e com carinho, não necessariamente para “ser político”. É uma responsabilidade muito grande ter o mesmo nome do meu avô. Na época de política, sempre aparecem muitos com sobrenome “Roriz”. Mas, quando as pessoas veem Joaquim Roriz Neto, é diferente. Nas minhas caminhadas pelas cidades, nas reuniões, a demanda é sempre a mesma: as pessoas pedem para eu dar continuidade ao legado dele.

Qual é o momento da careira política de Joaquim Roriz que você presenciou e que te marcou?
Minhas memórias mais marcantes são dessa época em que ele era governador. Das pessoas, muitas, dezenas de pessoas, entrando e saindo de casa o tempo inteiro. Todas com olhar de admiração e amor por ele.

Sua avó, Dona Weslian, tem ajudado na sua pré-candidatura?
Minha avó tem até ido me representar em agendas quando eu, por algum motivo, não posso comparecer. Não tenho nem palavras para dizer o quanto ela é importante neste período de pré-campanha.

Você vai concorrer a que cargo?
Deputado distrital. Vou começar a carreira política por onde acho que se deve: o cargo que tem contato direto com o povo, que vive os problemas do povo e que ajuda a resolvê-los. Talvez, até mais do que o próprio governador. Meu avô, por exemplo, começou a carreira política dele como vereador, em Luziânia (GO), não custa lembrar.

Qual é o seu projeto? Um dia, chegar ao governo como seu avô?
Ninguém começa a carreira política dizendo que quer ser governador ou presidente da República. Em primeiro lugar, quero concorrer a deputado distrital, vencer a eleição e honrar o mandato muito próximo do povo, como sempre vi meu avô fazendo. Pretendo, algum dia, ser governador de Brasília. Mas, para chegar lá, é preciso fazer igual ao meu avô fez: trabalhar dia e noite de forma compromissada com os mais humildes. Garanto que vou construir minha carreira nesse formato.

Por que você escolheu o PL para concorrer?
Porque recebi um convite muito carinhoso, muito atencioso, de três líderes do PL: Valdemar Costa Neto, José Roberto Arruda e Jair Bolsonaro. Não tinha como dizer “não”.

Acha que seu avô aprovaria o governo Bolsonaro?
Acho que o governo Bolsonaro enfrentou uma pandemia, o que é inédito. Nenhum outro governo passou por nada parecido. Então, é injusto julgar, aprovar ou reprovar, comparando-se com outros. Posso dizer que, antes da pandemia, a política de saúde do Bolsonaro reproduzia a política de saúde do meu avô, focada na atenção primária. E que o Auxílio Brasil, um programa social bem robusto, tem muitas coisas do Renda Minha, que meu avô fez em 2001. Então, é capaz de que ele aprovasse.

Ana Maria Campos

Editora de política do Distrito Federal e titular da coluna Eixo Capital no Correio Braziliense.

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