Paulo Roque: “O eleitorado no DF não abandonou a ética, a honestidade e o preparo do gestor”

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À Queima-roupa // Paulo Roque (Novo), pré-candidato ao Senado

por Ana Maria Campos

O Novo vai lançar, hoje, sua pré-candidatura ao Senado. É possível derrotar nomes como Damares Alves, Flávia Arruda, Rosilene Corrêa ou Paulo Octávio que têm base eleitoral e estrutura partidária?
São candidatos que eu respeito, mas sempre digo que ninguém é dono do voto do eleitor. Essa resposta não é o dinheiro nem a estrutura partidária que vai dar. É no debate das propostas que a sociedade, em uma democracia, deve escolher seus eleitos. As pesquisas mostram uma grande sintonia entre o que eu defendo e o que o eleitorado deseja. Agora, é o momento de fazer esse encontro acontecer. Hoje, estou muito mais preparado do que há quatro anos.

Você teve uma expressiva votação em 2018 na corrida ao Senado. Mas essa eleição é de uma vaga apenas, o que dificulta para qualquer candidato. Por que não concorrer, agora, à Câmara dos Deputados?
Realmente, tive quase 205 mil votos com apenas três segundos de televisão. Só dava para falar meu nome: ‘Eu sou Paulo Roque’ e acabava o tempo. Nessa eleição, terei mais tempo, e o eleitor já me conhece melhor. É pensando que se trata só de uma vaga que a maioria tem fugido dessa disputa, o que não é o meu caso. Com toda humildade, vou levar minhas propostas ao eleitor e ele sim dará o veredito em dois de outubro.

Em 2018, o Novo lançou o empresário Alexandre Guerra na disputa ao governo. O partido não terá candidato ao governo desta vez?
Nosso candidato ao GDF é o senador Reguffe. Reguffe teve grande participação na fundação do Novo e eticamente estamos muito próximos sempre. Reguffe quer revolucionar a saúde, dar um basta na violência, melhorar a educação e transformar o empreendedorismo no DF. Essas bandeiras nos aproximam.

Acredita no projeto de cabeça de chapa com o senador José Antônio Reguffe?
Vai dar Roque! Tem tudo para ser a chapa vencedora. A maioria do eleitorado respeita muito o Reguffe. O eleitorado no DF não abandonou a ética, a honestidade e o preparo do gestor. É na aliança com esses valores que acreditamos para que não seja um sonho distante falar em eficiência na saúde e um DF como um espaço ativo do empreendedorismo com oportunidades para os jovens.

O Novo vai devolver os recursos do Fundo Eleitoral. Como você vai custear a sua campanha?
Como acredito que deve ser: com a doação espontânea daqueles que acreditam no nosso projeto. Não concordamos é que o eleitor seja forçado a financiar, com recursos de seus impostos, partidos e candidatos com as quais ele não concorda. Tive a honra de ser advogado junto ao STF contra o aumento absurdo de R$ 3 bilhões do fundão eleitoral; dinheiro que faz uma falta enorme na saúde; na educação e para a dignidade de 30 milhões de famílias que vivem com até um salário minimo em nosso país.

O único governador eleito pelo Novo, Romeu Zema, tem popularidade alta em Minas. Qual foi a receita de sucesso da gestão dele?
Zema é o modelo a ser seguido; falo isso sempre para o Reguffe. Pegou um estado com as finanças destruídas pelas gestões passadas e, com simplicidade, fala mansa e sem populismos, está devolvendo Minas ao seu lugar de destaque no cenário nacional: Minas é destaque na atração de investimentos, gestão da pandemia, geração de empregos e aplicação honesta e eficiente dos recursos públicos. A receita é sempre buscar respeitar o cidadão; que financia o Estado; e não usar a política como meio para resolver a vida do político.

Ana Maria Campos

Editora de política do Distrito Federal e titular da coluna Eixo Capital no Correio Braziliense.

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