Coluna Eixo Capital, por Ana Maria Campos
Brasília foi uma das cidades do roteiro de Jesse Koz e seu golden retriever Shurastey, que morreram na semana passada em acidente quando tentavam cruzar a fronteira dos Estados Unidos com o Canadá pela Costa Oeste. A dupla que comoveu o país ao perder a vida quase no final da viagem de Balneário Camboriu, subindo de Ushuaia ao Alasca, visitou a Praça dos Três Poderes em janeiro de 2019. Eles já estavam na estrada a bordo do fusca Dodongo havia quase dois anos. Em Brasília, visitaram o Parque da Cidade e antes de chegar aqui curtiram uma cachoeira na Chapada dos Veadeiros. A morte após batida frontal numa highway do Oregon despertou a reação até do presidente Jair Bolsonaro que postou nas suas redes: “Impossível não se comover com a perda do garoto Jesse Koz e de seu cão Shurastey, que percorriam o mundo levando as cores de nossa bandeira e a alegria do nosso povo”. Quando passou pela Esplanada, Jesse registrou: “Palácio do Planalto, onde trabalha o presidente do Brasil, recebe os chefes de estado, veta ou aprova leis, fila uma boia e depois tira um cochilo na rede”.
PSDB cederá candidatura ao governo ao Cidadania apenas no Amazonas
O presidente nacional do PSDB, Bruno Araújo, mostra a disposição do partido em ceder em uma reivindicação de cabeça de chapa do Cidadania para atender à política da boa vizinhança na federação. Mas não será no Distrito Federal. Em carta dirigida ao senador Plínio Valério (PSDB-AM), Araújo diz que, no Amazonas, o nome da federação para o governo será o indicado pelo Cidadania, ou seja, o ex-governador Amazonino Mendes. Além de dirigir o PSDB, Bruno Araújo é o presidente da federação.
Candidatura tucana em 9 estados e no DF
Por conta desse entendimento, o senador Plinio Valério (PSDB-AM) não concorrerá ao Palácio Rio Negro (sede oficial do governo) porque os tucanos vão ter prioridade ao governo em nove estados e no Distrito Federal. Os estados são: Rio Grande do Sul, Paraná, Mato Grosso do Sul, São Paulo, Minas Gerais, Sergipe, Alagoas, Pernambuco, Paraíba, além do DF. “O Cidadania nos solicitou apoio para o seu candidato majoritário apenas no estado do Amazonas, onde apresenta-se como favorito em todas as pesquisas eleitorais até o momento divulgadas”, ressaltou Araújo.
Jogo
A sinalização de Bruno Araújo é de que o PSDB pretende lançar o senador Izalci Lucas ao governo, apesar do compromisso fechado pelo Cidadania com a deputada Paula Belmonte (Cidadania-DF) de permitir que ela escolha o seu caminho na coligação que julgar conveniente. Paula quer ser candidata ao Senado ou a vice na chapa de Reguffe (UB). Um ponto para Paula Belmonte é que, por conta da condenação criminal pelo Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios (TJDFT), Izalci está com os direitos políticos suspensos. Medida vale até que ele consiga um recurso com efeito suspensivo.
Falta oficializar
Em entrevista ontem ao CB.Poder, programa do Correio Braziliense em parceria com a TV Brasília, a diretora do Sindicato dos Professores (Sinpro-DF) Rosilene Corrêa (PT) fala abertamente que, ainda falta oficializar, mas o deputado distrital Leandro Grass (PV) será o candidato da federação PT-PV-PCdoB ao Governo do DF. No próximo sábado, em encontro regional, adiado duas vezes, o partido deverá fechar a chapa para as próximas eleições. Rosilene é pré-candidata ao Senado, assim como o ex-deputado Geraldo Magela.
Bancada da Lava-Jato
O ex-procurador-geral da República Rodrigo Janot, filiado ao Podemos no DF, deve concorrer a um mandato de deputado federal em Brasília. Com Sergio Moro concorrendo em São Paulo e Deltan Dallagnol no Paraná, pode surgir a bancada da Lava-Jato. Cada um com o seu estilo, mas todos com o propósito de defender o combate à corrupção.
Sucessão de Fabiana Costa já começa a movimentar MPDFT
Enquanto os políticos se preparam para conquistar votos em outubro, começa uma campanha eleitoral — ainda discreta — no Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT). É a disputa pela sucessão da procuradora-geral de Justiça do Distrito Federal, Fabiana Costa. Como ela já foi reconduzida uma vez, não poderá mais concorrer. Assim, começa a preparação para eleição da lista tríplice que será encaminhada ao presidente Jair Bolsonaro. Os interessados ainda estão na fase de definição. Mas há três nomes já apontados como prováveis candidatos: os promotores de Justiça Cláudio Portela, Georges Carlos Moreira e Dermeval Farias Gomes Filho. Ex-conselheiro do Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP), Portela integrou a última lista tríplice, quando Fabiana liderou e foi reconduzida. Dermeval também integrou o CNMP. Georges é da equipe da atual administração. A composição da lista ocorrerá no segundo semestre, já que o mandato de Fabiana termina em dezembro.
Disputa acirrada pelo TJDFT
Encerrado o prazo para inscrições para a disputa à próxima vaga do quinto constitucional do Ministério Público do DF no Tribunal de Justiça do DF, sete candidatos se apresentaram para concorrer à lista sêxtupla. Estão no páreo os procuradores André Vinícius Almeida, Eunice Carvalhido, José Firmo Reis Soub e Maurício Miranda e os promotores Marilda Fontineli, Libânio Rodrigues e Flávio Milhomen. O desembargador Humberto Ulhôa completa 75 anos nesta quinta-feira e abrirá uma vaga no TJDFT para nomeação pelo presidente Jair Bolsonaro, a partir de uma lista tríplice que os desembargadores elegerão com base numa pré-seleção da própria classe.
Os campeões de projetos aprovados
Um levantamento no sistema de acompanhamento das matérias da Câmara Legislativa aponta que os deputados Eduardo Pedrosa (UB) e Rodrigo Delmasso (Republicanos), vice-presidente da Casa, são os campeões no quesito aprovação de proposições na atual legislatura. Cada um conseguiu emplacar 49 propostas, sendo projetos de lei (PL), projetos de lei complementar (PLC) ou emendas à Lei Orgânica (Pelo). Em segundo lugar, aparece o deputado Robério Negreiros (PSD), com 40 aprovações. Em seguida, vêm Cláudio Abrantes (PSD), com 38, e Chico Vigilante (PT), com 36. Na sequência, empatados estão Arlete Sampaio (PT), e o presidente da Câmara, Rafael Prudente (MDB), com 35 projetos que viraram leis. Pré-candidato ao governo, Leandro Grass (PV) tem 34 proposições aprovadas. Os deputados Hermeto (MDB), Jaqueline Silva (Agir) e João Cardoso (Avante) tiveram sucesso com a apreciação de 32 propostas que entraram em vigor.
Lanterna
O mesmo levantamento mostra que os deputados Fernando Fernandes (Pros), Valdelino Barcelos (PP) e Reginaldo Veras (PV) são os três últimos do ranking, com 13, 14 e 18 projetos aprovados respectivamente entre 2019 e 2022.