Coluna Eixo Capital, por Ana Maria Campos
O superintendente regional do Sebrae, Valdir Oliveira, registrou ocorrência policial contra uma campanha de difamação envolvendo seu nome em grupos de WhatsApp. Usaram a foto de seu perfil em outro número para que as pessoas acreditassem que algumas mensagens com conteúdo pejorativo tivesse a sua autoria. Ao repassar esse conteúdo, os responsáveis pelos ataques relacionaram Valdir à velha política e criticavam sua amizade com o ex-governador Rodrigo Rollemberg (PSB). No fim de julho, Valdir se filiou ao PSB e se encontrou com o ex-governador de São Paulo Geraldo Alckmin, do partido, que foi anunciado como possível vice na chapa liderada por Lula. O caso será analisado pela Delegacia Especial de Repressão aos Crimes Cibernéticos (DRCC) da Polícia Civil do DF.
Homenagem à primeira-dama de Roriz
Dona Weslian Roriz é o simbolo de uma época. Ela foi casada por seis décadas com o ex-governador Joaquim Roriz, que administrou o DF quatro vezes. Foi o único político que conseguiu se reeleger para um segundo mandato no Palácio do Buriti. Na campanha de 2018, Ibaneis Rocha usou um pouco do marketing de Roriz. Na solenidade de ontem, em que 120 personalidades foram homenageadas pelos 60 anos de Brasília — em uma festa adiada por dois anos por causa da pandemia — Ibaneis prestigiou a ex-primeira-dama do DF. Depois de participar da filiação do neto, Joaquim Roriz Neto, ao PL, ela dá sinais que estará presente na campanha e apoiará a reeleição de Ibaneis.
Comemoração em fotos
Estão abertas, até esta quinta-feira, as inscrições para a 4ª edição do Prêmio Olhar Brasília de Fotografia. São quatro categorias: cor, P&B, memória e júri popular. A premiação é em dinheiro. As inscrições são gratuitas pelo www.olharbrasilia.com. Cada pessoa pode participar com uma foto. O prêmio é organizado pelas jornalistas Márcia Zarur e Samanta Sallum. Participe!
Aliança possível
Presente no lançamento da pré-candidatura de Leila Barros ao Buriti ontem, Ciro Gomes disse que o PDT está aberto a conversas com o União Brasil, agora que Sergio Moro está fora do páreo da disputa presidencial. Outro partido a ser procurado é o PSD, que também não tem pré-candidato à Presidência. Pelo menos com o União Brasil, há espaço para uma aproximação no DF.
Vice de Ciro?
Em seu discurso, Leila Barros disse que quer caminhar ao lado de Ciro Gomes nesta campanha. Algumas pessoas do partido tiveram uma leitura desse ponto do pronunciamento. Há no PDT defensores da chapa Ciro-Leila, com a senadora do DF como vice.
Partidos a conquistar
Para ser mesmo uma candidata com chance de vitória, a senadora Leila Barros (PDT) precisa construir alianças. Na festa de lançamento da sua pré-candidatura, havia muitos pedetistas, mas apenas dois parlamentares de outro partido: o deputado federal Israel Batista (PSB-DF) e o senador Kajuru (Podemos-GO). O partido de Israel, no entanto, já tem um pré-candidato ao Buriti, o ex-secretário de Educação Rafael Parente. Já o Podemos está fechado com o senador José Antônio Reguffe (União Brasil).
Ausência
Uma ausência percebida no lançamento da pré-candidatura de Leila Barros ao GDF: o ex-presidente da Câmara Legislativa Joe Valle, que é do PDT, mas está cotado para ser vice do senador José Antônio Reguffe (UB), caso ele seja candidato ao governo. Mas Joe disse à coluna que a ausência foi por questão de saúde. Ele e a família voltaram adoentados de uma viagem a São Paulo.
Pipoka em campanha
O ex-jogador de basquete Pipoka foi uma das estrelas da festa de lançamento da pré-candidatura de Leila Barros ao GDF. Do alto dos seus 2,04 metros, o atleta será um parceiro da senadora na campanha. Aos 58 anos, o ex-ala pivô — que integrou a seleção brasileira de basquete entre 1986 e 1998 e levou a medalha de ouro nos Jogos Pan-Americanos em 1987 — vai concorrer a um mandato de deputado distrital pelo PDT.
Equívoco histórico na festa de Leila
No lançamento da pré-candidatura de Leila Barros ao Governo do DF, uma injustiça foi cometida. A senadora foi citada como possível primeira governadora do DF. Leila tem o mérito de ser a primeira mulher a chegar ao Senado. Mas, se for eleita em outubro, não será uma estreia feminina no Palácio do Buriti. Maria de Lourdes Abadia, então no PSDB, foi governadora do Distrito Federal entre abril e dezembro de 2006. Hoje, a ex-tucana está no União Brasil, partido de José Antônio Reguffe. O equívoco foi cometido em discurso pela mulher de Ciro Gomes, Giselle Bezerra, e também pela própria Leila.
André Kubitschek cita perseguições a JK e defende a democracia
Bisneto de JK, André Octávio Kubitschek foi o representante da família do ex-presidente a discursar ontem na sessão solene em homenagem ao aniversário de 62 anos de Brasília. Provável candidato a deputado federal pelo PSD, o filho de Anna Christina Kubitschek, neta de JK, e do empresário Paulo Octávio, enfatizou não só a história das realizações do bisavô, mas o que classificou como “tristes episódios das perseguições sofridas por ele e família”. JK foi cassado em 8 de junho de 1964, menos de três meses após o golpe militar e passou três anos no exílio. André citou as perseguições sofridas por JK para ilustrar a defesa da democracia. “Desde que a família retornou ao Brasil, JK era obrigado a reportar os seus passos. Além disso, havia uma constante pressão psicológica, por meio de cartas ameaçadoras e telefones grampeados”, revelou. “É do conhecimento de todos, inclusive, o episódio da viagem do meu bisavô a Luziânia, quando seu avião sofreu uma pane e solicitou à torre de comando do aeroporto de Brasília autorização para pousar. Pedido que foi negado, tendo em vista que o fundador não podia visitar a cidade que criou”, acrescentou.