Flávia Arruda deixa governo e agora vai enfrentar adversários abertos

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A deputada Flávia Arruda (PL-DF) deixou ontem o cargo de ministra-chefe da Secretaria de Governo da Presidência da República para se dedicar à campanha ao Senado. Foi quase um ano com muitos bombardeios e fogo amigo, com condutas machistas e intrigas. Muitos militares do Palácio do Planalto viam com desconfiança a atuação da política jovem e bonita novata na administração pública. Nos três anos e três meses de mandato até agora, Flávia foi a primeira deputada a presidir a Comissão Mista do Orçamento e nunca uma mulher havia assumido a secretaria de Governo da Presidência da República. A disputa ao Senado, com uma vaga, vai ser dura. Agora, os bombardeios serão de adversários de Bolsonaro que vão cobrar explicações pelo negacionismo na pandemia e defesas à ditadura militar. Mas, se passar por essa prova, Flávia chegará em 2026 como candidata ao Palácio do Buriti.

Orgulho do desempenho

O ex-governador José Roberto Arruda disse à coluna que está disposto a ajudar a mulher, Flávia Arruda, na corrida ao Senado. “Vou ajudar, mas agora ela tem mais musculatura, tem imagem própria”, disse. E acrescentou: “Posso ficar mais nos bastidores e cuidando das meninas (filhas). Mas ajudando sim e com muito orgulho pelo desempenho dela”.

Damares escolhe o DF para domicílio eleitoral

Damares Alves escolheu o Distrito Federal como domicílio eleitoral. A dúvida persistiu até ontem quando veio a decisão. O cargo a ser disputado, no entanto, ainda depende de arranjos políticos. Se concorrer ao Senado, Damares atrapalha a candidatura de Flávia Arruda, que quer os votos bolsonaristas. Se o caminho for a Câmara dos Deputados, a ex-ministra da Mulher, Direitos Humanos e Família tira votos da deputada Bia Kicis (PL-DF), ou mais ainda dos candidatos republicanos com base evangélica, o deputado Júlio César Ribeiro e Gilvan Máximo, ex-secretário de Ciência, Tecnologia e Inovação. De qualquer forma, o prazo final para mudanças de domicílio termina em 4 de maio.

Presidente do Sinpol vai com Podemos

O presidente do Sindicato dos Policiais Civis do DF (Sinpol-DF), Alex Galvão, acertou ontem a filiação ao Podemos. Ele é pré-candidato a deputado distrital. No Podemos, ele deverá integrar o grupo liderado pelo senador José Antônio Reguffe (União Brasil-DF). “Alex Galvão poderá fazer uma dobradinha com o General Paulo Chagas, pré-candidato do Podemos a deputado federal”, afirma Luiz Pitiman, secretário-geral do Podemos-DF.

Comandante da PMDF aceita convite para disputar a eleição

Convidado a entrar na política para disputar a eleição, o comandante-geral da Polícia Militar do DF, coronel Márcio Vasconcelos, decidiu aceitar o convite para concorrer a mandato de deputado federal. Para isso, vai deixar o cargo e se filiar ao MDB. A candidatura do militar acaba trombando com a de um adversário de Ibaneis, o ex-deputado Alberto Fraga (PL), que tem base eleitoral entre policiais militares, e quer retornar ao Congresso.

Sarney Filho fica

O secretário de Meio Ambiente do DF, Sarney Filho, não vai se desincompatibilizar para concorrer nas próximas eleições. Ele pretende ficar até o último dia do governo Ibaneis. Na família, a irmã, Roseana Sarney, é quem vai se candidatar a deputada federal no Maranhão.

Corrida de aliados

O grande adversário de Rodrigo Rollemberg (PSB-DF) nesta eleição é o aliado Professor Israel Batista. O deputado federal que busca a reeleição troca o PV pelo PSB. Precisa de Rollemberg para formar o coeficiente eleitoral. A recíproca é verdadeira. Quem tiver mais votos será deputado federal. A aposta interna é de que os dois serão eleitos, mas a briga para federal será árdua.

Liberdade religiosa

Ex-chefe da Casa Civil de Ibaneis Rocha, o advogado Valdetário Monteiro tomou posse como presidente da Comissão Nacional de Liberdade Religiosa da OAB. O cargo foi criado por portaria do presidente do Conselho Federal da Ordem, Beto Simonetti. Na posse, Valdetário afirmou: “Vem do ensinamento dos grandes constitucionalistas que há necessidade de existência da plena liberdade religiosa para que haja a plena liberdade civil e política. Assim como, em contrapartida, onde falta à liberdade institucional, fica comprometida ou ameaçada a liberdade religiosa”.

TCDF completa 2 anos de sessões virtuais

O Tribunal de Contas do DF completa hoje dois anos de implantação das sessões plenárias virtuais. Iniciadas no começo da pandemia, as sessões por videoconferência passaram a ser transmitidas ao vivo pelo YouTube, onde ficam disponíveis para qualquer cidadão. Nesse período, o TCDF julgou virtualmente mais de 11 mil processos – dos quais cerca de 6 mil foram destacados para debate pelos Conselheiros – em 90 sessões ordinárias e 68 administrativas. Também foram realizadas duas sessões especiais para apreciação das Contas do Governo do DF, referentes aos exercícios de 2019 e 2020.

Ana Maria Campos

Editora de política do Distrito Federal e titular da coluna Eixo Capital no Correio Braziliense.

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