Filiação da família ao PL Divulgação Weslian Roriz, Joaquim Roriz Neto, Jair Bolsonaro e Flávia Arruda

Apesar de esperada, ida da família Roriz para o PL frustrou planos do PSD

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Coluna Eixo Capital, por Jéssica Eufrásio
A filiação da família Roriz ao PL, ontem, reforça o fato de que ainda há muito para acontecer neste período de costuras partidárias. Joaquim Roriz Neto e a mãe, Jaqueline Roriz, aceitaram o convite de Flávia Arruda e ingressaram na sigla da ministra. O evento de registro teve participação da secretária de Governo da Presidência da República e de Jair Bolsonaro, correligionário dela. A ex-primeira-dama Weslian Roriz, que também acompanhou a cerimônia, teria se emocionado com a receptividade do presidente da República na ocasião.

Alianças consolidadas

Dona Weslian teve papel importante nesse processo. Em dezembro, ela acompanhou pessoalmente o evento de filiação de Bolsonaro ao PL. Naquela ocasião, ficou praticamente selada a aliança que levaria à pré-candidatura de Joaquim Neto à Câmara Legislativa, como anunciado ontem.

Trocas de lado

No entanto, a notícia surpreendeu a um player desse jogo. O empresário Paulo Octávio, presidente do PSD-DF, havia convidado Neto a entrar na sigla. O anúncio tinha até data marcada: ocorreria no mês passado, mas acabou adiado porque Roriz, a esposa, Clarissa, e a avó Weslian testaram positivo para a covid-19. O intervalo de menos de um mês foi suficiente para que Joaquim Neto mudasse de ideia.

Banho de água fria

A decisão de Roriz Neto teria atendido a um pedido da avó, considerada por pessoas próximas como forte apoiadora de Bolsonaro. Roriz Neto deu a notícia a Paulo Octávio por telefone, ontem, antes da cerimônia de filiação. Depois, por mensagem, agradeceu a compreensão. O empresário, que teria recebido a informação com surpresa, desejou sorte ao futuro postulante a deputado distrital.

Advogadas querem paridade na lista do Quinto Constitucional

A paridade de gênero na formação de listas sêxtuplas será tema de um movimento lançado por mulheres da advocacia, amanhã. Representantes de 28 entidades visitarão a sede da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) para cobrar que metade da lista sêxtupla formada para concorrência à vaga do Quinto Constitucional — que reserva 20% das cadeiras nas cortes a esses profissionais — seja composta por pessoas do sexo feminino. O assunto será debatido em reunião com parlamentares no Congresso Nacional e, na terça-feira, com Maria Claudia Bucchianeri Pinheiro, ministra substituta no Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

Por falar em OAB…
Equipes da Comissão de Direito do Consumidor da Subseção do Guará e representantes do Procon-DF oferecerão atendimento gratuito à população, na quarta-feira. Das 12h às 16h, advogados vão prestar orientações sobre o tema para quem tiver dúvidas sobre a compra de produtos e a contratação de serviços ou quiser fazer consultas aos sistemas de proteção ao crédito.

Terceiro suplente assume vaga de distrital pela primeira vez

A semana na Câmara Legislativa teve um fato inédito: pela primeira vez, um terceiro suplente assumiu o cargo de deputado na Casa. Diante da renúncia do deputado Guarda Jânio — policial militar que, após nove meses de mandato, deixou a vaga para cuidar da pré-campanha eleitoral —, Carlos Tabanez ficou no posto do colega. Na cerimônia de posse, o novo parlamentar apresentou as bandeiras que pretende defender: segurança pública e geração de emprego. Policial civil aposentado, ele alcançou a oportunidade de chegar ao Legislativo após receber 8.078 votos nas eleições de 2018, quando concorreu a distrital, e ficou em terceiro lugar pelo Pros.

Dança das cadeiras

Originalmente, quem conquistou a vaga foi o delegado Fernando Fernandes, eleito com cerca de 29 mil votos. Ao ser escalado para o cargo de administrador de Ceilândia, porém, deixou a legislatura e foi desfiliado do Pros. Telma Rufino ficou com a vaga, mas também abriu mão do posto para chefiar a Administração Regional de Arniqueiras. Guarda Jânio entrou na sequência — depois de tentar cinco vezes a eleição.

Movimento sincronizado

Apesar de terem conseguido os cargos de suplentes pelo Pros, Carlos Tabanez e Jânio Farias Marques cortaram laços com a sigla. Na quinta-feira, mesma data em que um substituiu o outro na Câmara Legislativa, os dois deixaram a legenda e migraram para o MDB. O presidente da Casa e do partido no DF, Rafael Prudente, acompanhou a filiação dos novos integrantes. O policial civil se apresenta como pré-candidato a distrital, enquanto o PM quer disputar uma das oito vagas para deputado no Congresso Nacional.

MANDOU BEM

Artistas e ativistas se reuniram em um ato na Esplanada dos Ministérios para chamar a atenção a cinco proposições que tramitam no Congresso Nacional e colocam em risco o meio ambiente, bem como a população indígena. Porta-voz da iniciativa, o cantor Caetano Veloso entregou pessoalmente um manifesto ao presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), que prometeu cautela na análise de propostas ambientais polêmicas.

MANDOU MAL

Ainda durante o evento, o plenário da Câmara dos Deputados aprovou o trâmite do projeto sobre a mineração em terras indígenas em regime de urgência na Casa. Esse classificação prescinde de exigências e outras formalidades previstas em regimento, para acelerar a apreciação do tema. Um grupo de trabalho analisará a matéria, que deve voltar à discussão na primeira quinzena de abril.

SÓ PAPOS

“Eu não vejo a hora de, um dia, entregar o bastão da Presidência para poder ir à praia, tomar um caldo de cana na rua, voltar a pescar na Baía de Angra (dos Reis), ter paz. Mas eu creio que uma coisa fala por tudo isso aqui: quem estaria no meu lugar se a facada fosse fatal? Como estaria o Brasil nesta pandemia?”
Jair Bolsonaro (PL), presidente da República

“Bolsonaro diz que não vê a hora de entregar o bastão da Presidência. Quem não vê a hora é o povo brasileiro, que não aguenta mais o governo da fome, do desemprego, da inflação, da destruição ambiental e dos direitos. Pede pra sair, Bolsonaro!”

Erika Kokay (PT-DF), deputada federal

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Valor do novo contrato para restauração, reconstrução e execução de adequações no pavimento da W3 Sul

A PERGUNTA QUE NÃO QUER CALAR…

Quantas pessoas próximas a você têm um iPhone — ou até dois —, como supõe o ministro Paulo Guedes?

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