Coluna Eixo Capital, por Ana Maria Campos
Está nas mãos do presidente Jair Bolsonaro (PL) a concessão ou não do reajuste aguardado por policiais civis e militares e bombeiros do DF. Para evitar um conflito com o funcionalismo público federal, o Planalto tem resistido a enviar uma medida provisória ao Congresso que contemple as forças de segurança da capital do país. Mas nenhum aumento da folha da Polícia Civil, PM e Corpo de Bombeiros pode ser implementado sem autorização por lei federal. Enquanto isso, os adversários de Ibaneis Rocha (MDB) surfam na dificuldade do governador em atender ao desejo das corporações em ano de eleições. É o caso do ex-deputado Alberto Fraga (União Brasil).
Presidente do Sinpol rebate Fraga: “Triste ver liderança fomentar desunião”
O presidente do Sindicato dos Policiais Civis do DF (Sinpol-DF), Alex Galvão, rebateu as críticas do ex-deputado Alberto Fraga aos benefícios concedidos pelo governador Ibaneis Rocha à categoria. Segundo Galvão, Fraga usa recursos públicos — do Fundo Eleitoral — para divulgar mentiras. “É triste ver uma liderança política fomentar conflito entre as forças de segurança e ainda, para isso, usar recursos públicos arrecadados com o suor do cidadão brasileiro”. O sindicalista ressaltou: “Preciso, aqui, restabelecer a verdade: o que foi concedido aos policiais civis foram benefícios que os policiais militares já possuem há anos e que, inclusive, não atendem aos nossos policiais veteranos”. Fraga gravou mensagem na propaganda político-partidária do União Brasil para dizer que policiais e bombeiros militares estavam sendo humilhados por não terem recebido os benefícios aprovados em lei para a Polícia Civil do DF.
De volta
Fora das eleições em 2018 por inelegibilidade, o ex-deputado Roney Nemer (MDB) deve concorrer a novo mandato na Câmara Federal. Trabalha para voltar à política.
Cuidados continuam
A queda na taxa de transmissão por covid-19 levou o governador Ibaneis Rocha a reduzir as restrições na pandemia. Mas o coronavírus continua circulando. Ontem, houve registro de 20 mortes. Cada um precisa manter a sua parte.
Tudo pode mudar
O caminho eleitoral de alguns políticos têm dado um nó nas negociações. Paulo Octávio, Gim Argello, Celina Leão e Rafael Prudente vão concorrer a quê? Paulo Octávio foi lançado como pré-candidato ao Senado. Celina, Gim e Prudente, à Câmara dos Deputados. Mas tudo pode mudar.
Transferência atende à segurança do DF
A transferência do traficante Marco Willians Herbas Camacho, o Marcola, da Penitenciária Federal de Brasília para a Penitenciária Federal de Porto Velho, capital de Rondônia, ocorrida ontem, foi minuciosamente trabalhada na gestão do delegado Anderson Torres como titular do Ministério da Justiça e Segurança Pública. A vinda do chefe de organização criminosa para Brasília provocou um embate duro entre Torres, então secretário de Segurança do DF, e Sergio Moro, em 2019, à época, ministro da Justiça. A avaliação entre delegados da Polícia Civil era de que a permanência de Marcola em Brasília atrairia uma rede de criminosos que atuam na órbita de líderes de facções como ele. Ibaneis chegou a pedir diretamente o retorno de Marcola para outra unidade de segurança máxima. Mas Moro bateu o pé. Agora, Anderson encerrou o caso.
Sem decisão
Em nota, o Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) informou, ontem, que não tem conhecimento de nenhuma decisão do STF que tenha cassado recomendação sobre a suspensão de vacinação nas escolas do DF. “Em consulta à ADPF 947, disponível no site do STF, vê-se que o último ato foi a emissão de despacho que intima o GDF a se manifestar sobre a recomendação”, afirma a Coordenação de Recursos Constitucionais do MPDFT.
Só papos
“O controle da alegada má-alocação dos recursos se dará nas urnas, oportunidade m que o financiamento público das campanhas com certeza retornará ao debate político”
Ministro Nunes Marques, do STF, sobre o aumento do Fundo Eleitoral para R$ 4,9 bilhões
“Na esteira de um constitucionalismo de precaução, defendo ser melhor que os agentes políticos e partidários realizem seus cálculos para as eleições gerais de 2022 com valores do Fundo Eleitoral em bases mais realistas”
Ministro André Mendonça, do STF