JÉSSICA EUFRÁSIO
A chefia da Secretaria Extraordinária da Família, vinculada à pasta de Desenvolvimento Social do Distrito Federal (Sedes), deve passar por mudanças em breve. E quem está cotado para assumir a atual função do atual chefe, o ex-deputado Iliobaldo Vivas da Silva — mais conhecido como Léo Vivas —, é o distrital Marcos Martins Machado.
Coincidentemente ou não, os dois partilham similaridades na trajetória política: são filiados ao Republicanos, atuam como pastores evangélicos e têm vínculo com a Igreja Universal.
Entre os motivos para a saída de Léo Vivas da função estariam arranjos partidários. E, se a previsão se confirmar, Machado terá de se licenciar da função na Câmara Legislativa para assumir a vaga.
No lugar dele, ficaria a suplente Maria Antônia (Solidariedade), que deixou a Administração Regional do Gama em 2018 para concorrer a uma vaga na Casa. À época, ela conquistou pouco mais de 6,7 mil votos (0,4% dos válidos).
A administração da cidade passou por diversas trocas nos últimos anos. Entre os que assumiram a vaga está o distrital Daniel Donizet (PL), deputado com base eleitoral na cidade e cujo nome ganhou evidência nessa terça-feira (14/12), depois de uma operação da Polícia Civil e do Ministério Público do Distrito Federal mirar supostos funcionários fantasmas lotados no gabinete do parlamentar.
De olho nas Administrações
A função de administrador regional tem papel estratégico para quem almeja uma eventual vaga no Legislativo do DF. Ela aproxima futuros candidatos das comunidades locais e permite aos postulantes construir bases consolidadas de apoio para as eleições.
Até 2017, por exemplo, antes de passar por mudanças definidas pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE-DF), a 4ª Zona Eleitoral — à época, formada por Gama e Santa Maria — concentrava a segunda maior quantidade de eleitores da capital federal. E, até hoje, a cidade conserva o potencial de atrair interesse de figuras da política local.