ANA MARIA CAMPOS
As investigações da Operação Milenoe, deflagrada hoje (14/12) para apurar rachadinha e fantasmas na Câmara Legislativa, foram iniciadas a partir de denúncia de Kelly Bolsonaro, que assumiu como suplente nesta legislatura.
Kelly afirmou em depoimento que foi constrangida pelo titular do mandato, deputado Daniel Donizet (PL), a não cobrar a presença de servidores no gabinete ou exigir explicação sobre a ausência deles no trabalho. A ativista assumiu o mandato em abril de 2019 quando Donizet tomou posse como administrador regional do Gama. Mas permaneceu apenas um mês na Câmara.
Segundo a investigação do Departamento de Combate à Corrupção (Decor) da Polícia Civil do DF, em atuação conjunta com a Procuradoria-Geral de Justiça do DF, pelo menos sete servidores lotados no gabinete de Donizet são fantasmas e dividem o salário com o parlamentar. É a famosa rachadinha.
Nesta manhã, a Operação Milenoe ((referência à Deusa grega dos fantasmas), cumpre oito mandados de busca e apreensão, nas residências dos servidores e também no gabinete de Donizet na Câmara Legislativa.
As diligências têm o apoio dos promotores do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT).
A Operação Milenoe é destinada à apreensão de documentos e informações eletrônicas que reforcem indícios da prática de crimes de corrupção, peculato, prevaricação e falsidade ideológica, em razão da prática da ‘rachadinha’ no gabinete de Daniel Donizet.
Entre os fantasmas investigados, está Ezio Sini, cantor sertanejo da dupla “Marcelo Paiva e Santiago”.
O desvio de recursos das fraudes investigadas estimado em mais de R$ 1 milhão, já que a ocorrem desde o início do ano de 2019.
Foto: Ed Alves/Correio Braziliense
3 thoughts on “Operação Milenoe: Rachadinha na Câmara Legislativa foi denunciada por Kelly Bolsonaro”
De rachadinha essa família Bolsonaro entende.