Por Jéssica Eufrásio
À espera da confirmação
Ainda que o resultado da eleição se encontre sub judice, o presidente reeleito da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) no Distrito Federal, Délio Lins e Silva Júnior, demonstra tranquilidade quanto à avaliação sobre o cumprimento das cotas raciais na candidatura. A Comissão de Heteroidentificação da entidade — vinculada à Comissão Eleitoral — definirá, em breve, se entre os 115 integrantes da chapa Avança + OAB há 30% de pardos ou negros. Apesar dos questionamentos que permearam a disputa, o grupo de Délio teria superado essa cota.
Vitória certa
Entre quem acompanhou o pleito, a vitória do advogado criminalista é dada como certa. Os apoiadores aguardam as formalidades do processo — as quais estão sujeitas a recursos —, mas, até ontem, a Comissão de Heteroidentificação não havia detalhado como avaliará os candidatos que se autodeclararam pardos ou negros. Mesmo assim, depois da eleição, os demais concorrentes não questionaram a composição da legenda ganhadora. Eles reforçaram, porém, que fiscalizarão de perto os trabalhos da nova gestão. “Cumprimos a cota. Nossa chapa apresentou todos os candidatos dentro das questões eleitorais e foi declarada vencedora. Se outra chapa descumpriu, o que acho que aconteceu, que seja atestado pela subcomissão”, disparou Délio.
Na linha de frente
Ex-procuradora-geral do Distrito Federal nas gestões de Agnelo (PT) e Rollemberg (PSB), Paola Aires Lima (à frente na foto) foi uma das principais articuladoras da chapa vitoriosa para o triênio 2022—2024. Nas mídias sociais, ela pediu votos a colegas da PGDF e a amigos, inclusive da família Rollemberg, que votou nela em peso.
Alcance internacional
Com a possibilidade de os participantes votarem pela internet pela primeira vez, as eleições ultrapassaram as fronteiras do Distrito Federal. Números da Webvoto, empresa que promoveu o pleito, contabilizam registros de 18 países além do Brasil.
441
Total de advogados que votaram nas eleições da OAB-DF fora do Brasil
Visões diferentes
O Dia D da vacinação contra a covid-19 no DF gerou manifestações opostas entre as chefias do Executivo local e da Secretaria de Saúde. A ação chegou a 11,8 mil pessoas, 2 mil das quais não haviam recebido sequer a primeira dose. De um lado, o secretário da pasta, Manoel Pafiadache, considerou a campanha um “sucesso”. De outro, o governador Ibaneis Rocha (MDB) afirmou que a procura ficou abaixo da expectativa, e o resultado foi “uma grande decepção”.
Descompassos sob ajuste
O alvo da Secretaria de Saúde é o grupo de, aproximadamente, 200 mil brasilienses que não completaram o ciclo vacinal ou não deram início a ele. À coluna, Ibaneis resumiu a divergência como “visões diferentes sobre o mesmo tema”. Contudo, reforçou que o governo distrital continuará em busca dos não imunizados. O chefe do Executivo local adiantou que deve se reunir hoje com o secretário Pafiadache para tratar do tema.
Na mesma página
Um objetivo, porém, o governador e a equipe da pasta têm em comum: a meta de diminuir a quantidade de pessoas que, até agora, não quiseram atendimento. Para isso, as medidas envolvem conscientizar a população sobre a importância da vacina e promover mais ações de busca ativa em pontos de grande movimentação. Um nome da cúpula da Secretaria de Saúde acredita que a discussão do tema não deve gerar entreveros. Mesmo que Ibaneis se mostre avesso à adoção de um passaporte da vacina, as discordâncias tendem a se resolver com propostas apresentadas na reunião com Pafiadache.
Especulações
Filiado ao Podemos desde setembro de 2019, o senador José Antônio Reguffe (DF) teria recebido convite para mudar de sigla, e uma rota de volta ao PDT estaria em jogo. Diante do anúncio da pré-candidatura de Sergio Moro pelo Podemos, aliados acreditam que as parcerias capazes de pavimentar o caminho do senador ao Palácio do Buriti ficariam comprometidas. O presidente do PDT, Carlos Lupi, declarou apoio ao parlamentar para o governo do DF. Contudo, Reguffe deve se manter fechado com a legenda atual.
Memorial reabre as portas
Após exatos nove meses, a Secretaria de Cultura e Economia Criativa (Secec) reabre o Memorial dos Povos Indígenas (MPI). A expectativa era retomar as atividades até a primeira quinzena deste mês. No entanto, o espaço passava por obras de revitalização. O local volta a receber o público amanhã, com a exposição Mais de 12 mil anos nesta terra, que reúne 300 peças de 15 nações dos povos originários. O acervo inclui objetos do lote de 8 mil itens apreendidos pela Polícia Federal em 2003, em operação de combate ao contrabando, e doadas à pasta, além de registros fotográficos das pesquisas do alemão Theodor Koch-Grunberg na Amazônia. A visitação ocorre de sexta-feira a domingo, das 9h às 17h.
Contagem regressiva
Com a proximidade do início do 54º Festival de Brasília do Cinema Brasileiro, a Secretaria de Cultura instalou, ontem, um megapainel que anuncia o evento. O banner fica em frente ao Cine Brasília, na 106/107 Sul, e traz o tema da edição deste ano: “O cinema do futuro e o futuro do cinema”. A mostra, que ocorre de 7 a 14 de dezembro, apontará os caminhos da sétima arte no Brasil para o pós-pandemia, segundo o chefe da Secec, Bartolomeu Rodrigues.
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