Mandetta aparece como possibilidade de vice de Moro

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Coluna Eixo Capital, por Ana Maria Campos

Sérgio Moro fez discurso de candidato na filiação ao Podemos e já apresentou uma plataforma de campanha. Começou justificando o sotaque caipira com a frase: “Alguns até dizem que não sou eloquente e não gostam da minha voz… Mas, se eventualmente eu não sou a melhor pessoa para discursar, posso assegurar que sou alguém em quem vocês podem confiar”. A seguir lançou os principais pontos de sua campanha: combate à corrupção e ao crime organizado, fim da reeleição e do foro privilegiado, volta da prisão a partir de condenação em segunda instância, respeito às listas para nomeação no Ministério Público e a autonomia da Polícia Federal, com mandatos para diretores. Citou a criação de uma corte nacional anticorrupção. Falou em desemprego, fome, miséria, juros altos. Criticou a agressão a jornalistas, prometeu uma campanha sem ataques. Referiu-se à família brasileira, contra as drogas, respeito às diferenças, às pessoas com doenças raras ou deficientes, e a todas as crenças e religiões. Moro também defendeu escolas públicas de qualidade, com tecnologia e internet. No discurso, acenou para a valorização das Forças Armadas. E concluiu dizendo que jamais colocará os filhos acima de interesses públicos.

Vice?

A presença do ex-ministro da Saúde Luiz Henrique Mandetta (União Brasil) na cerimônia de filiação de Sérgio Moro ao Podemos deixa no ar a possibilidade de que os dois podem fazer uma dobradinha: candidato e vice.

Aliado nas redes
Depois da festa de filiação, Sergio Moro almoçou na casa da deputada Renata Abreu (SP), presidente nacional do Podemos. Estavam lá assessores e duas figuras que devem ter atuação na campanha: General Santos Cruz e o deputado Luis Miranda (União Brasil-DF), que está com um pé no Podemos. Miranda, que é um especialista em marketing digital — elegeu-se deputado federal sem pisar em Brasília, direto de Miami — vai dar dicas para a campanha nas redes.

Na festa
Entre os políticos do DF, estiveram na filiação do Moro o senador José Antônio Reguffe (Podemos-DF), o deputado federal Luis Miranda (DEM-DF), os deputados distritais Júlia Lucy (Novo) e Jorge Viana (Podemos), o ex-deputado Professor Paco e o General Paulo Chagas, que também deve se filiar ao Podemos.

Briga quente
A comissão eleitoral da OAB vai julgar hoje a impugnação da chapa encabeçada por Thais Riedel por suposta fraude no registro de advogadas brancas como negras. Pelas regras atuais, 30% da chapa devem atender ao critério das cotas, mas, segundo representação do presidente licenciado da OAB-DF, Délio Lins e Silva Júnior, há advogadas brancas que se inscreveram como negras. A assessoria de Thaís afirma que a autodeclaração é um instrumento legal para se apresentar como negro, pardo ou branco.

Ana Maria Campos

Editora de política do Distrito Federal e titular da coluna Eixo Capital no Correio Braziliense.

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