A onda da Lava-Jato nas eleições 2022

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Sergio Moro na disputa à Presidência da República. Deltan Dallagnol como candidato a deputado federal ou senador. E o ex-procurador-geral da República Rodrigo Janot, que pode retomar a vida pública. Dessa vez, como candidato nas próximas eleições. Os protagonistas da Operação Lava-Jato estudam seus caminhos para 2022. Moro se filia ao Podemos na próxima semana. Deltan pediu demissão ontem do cargo no Ministério Público Federal e pretende retomar o trabalho de combate à corrupção em outra esfera. Janot tem conversado com políticos sobre um projeto para o próximo ano. É a volta da Operação Lava-Jato.

Mudança de partido

O deputado federal Israel Batista deve deixar o PV e migrar para o Solidariedade no próximo ano. O partido já está sob seu comando, com o ex-secretário de Ciência e Tecnologia do DF Glauco Rojas, na presidência regional. Israel poderá conduzir a legenda para o caminho com que tiver mais afinidade na disputa ao Palácio do Buriti.

Renata Amaral quer mais mulheres na disputa pela OAB-DF
A chapa A Nossa Ordem é Democrática, liderada por Renata Amaral, resolveu comprar uma briga a favor da maior participação feminina na OAB. Com 58% dos cargos ocupados por advogadas, o grupo desafia um entendimento interno da entidade de que as chapas devem ser formadas com número igual de homens e mulheres, ou seja, de 50% para cada. Hoje a exigência é de 30%. Para Renata, a norma limita o que deveria servir apenas como cota mínima. Nas eleições de 2018, o grupo chegou a ter 70% de mulheres.

Elas estão nas chapas
Todas as chapas da OAB-DF têm mulheres na liderança ou como vice. Entre os cinco grupos, Thaís Riedel e Renata Amaral concorrem a presidente. Délio Lins e Silva Júnior tem a seu lado a advogada Lenda Tariana. Guilherme Campelo conta com a colega Deborah Brito, e Evandro Pertence lançou como vice Gisele dos Reis. Ao longo de sua história, a OAB-DF teve apenas uma mulher na presidência: Estefânia Viveiros, de quem o governador Ibaneis Rocha foi vice-presidente.

Aliança
O advogado Everardo Gueiros, ex-secretário de Projetos Especiais do governo Ibaneis, era cotado para concorrer à presidência da OAB-DF, mas abriu mão e integra a chapa de Thaís Riedel, como candidato a conselheiro federal da ordem.

Ex-presidentes como aliados
Ex-presidente da OAB-DF, o advogado Francisco Caputo, aliado de Délio Lins e Silva Júnior, concorre à reeleição como conselheiro federal da Ordem. Como Juliano Costa Couto, também ex-presidente que está com Thaís Riedel, Caputo é um cabo eleitoral importante de Délio.

Candidata
Procuradora-geral do DF durante os governos de Agnelo Queiroz e Rodrigo Rollemberg, Paola Aires integra a chapa de Délio Lins e Silva Júnior como candidata a conselheira seccional.

Propaganda contestada
A comissão eleitoral da OAB-DF determinou, no último fim de semana, que Thaís Riedel e integrantes da chapa “Você é a Ordem” excluam imediatamente postagens patrocinadas das redes sociais que promoviam propaganda eleitoral antecipada e irregular em favor da candidata. Além disso, o grupo também foi condenado a retirar um banner gigante localizado no comitê da chapa, na 703 Norte. A representação contra Thaís foi apresentada pelo presidente licenciado da OAB/DF, Délio Lins e Silva Júnior, que é candidato à reeleição. Segundo a campanha de Thaís, a decisão foi cumprida, e a placa está coberta de preto. Mas será apresentada defesa e pedido de reconsideração.

Causa das pequenas e microempresas
O presidente da Federação das Associações de Micro e Pequenas Empresas do Distrito Federal (Fampe-DF), Eudaldo Alencar, e líderes empresariais de Taguatinga, Itapoã, Samambaia, Sobradinho, Guará reuniram-se com o empresário Paulo Octávio. O grupo foi ao encontro com o pedido de que o ex-vice-governador se candidate ao Senado. Segundo Alencar, Paulo Octávio é um nome que pode defender as causas das pequenas e microempresas.

“Nos últimos anos, nós passamos a sofrer muitos retrocessos no combate à corrupção. Nós vemos notícias cada vez piores de processos anulados, leis desfiguradas e corruptos alcançando a impunidade. A sensação é de que o que nós fizemos está sendo desfeito e a impunidade dá uma carta branca para que quem nos rouba continue roubando. Isso precisa parar!”
O agora ex-procurador da República Deltan Dallagnol ( no vídeo em que explica o pedido de demissão do cargo no Ministério Público Federal )

Ana Maria Campos

Editora de política do Distrito Federal e titular da coluna Eixo Capital no Correio Braziliense.

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