Coluna Eixo Capital, por Ana Maria Campos
Sergio Moro sempre foi apontado por petistas como um juiz político que queria derrubar Lula. Agora, ele é um ex-juiz que entrou na política e quer derrotar Lula. Muita coisa aconteceu entre a primeira e a segunda situações. Mas, agora, em campanha, ao se filiar ao Podemos, ele terá de se reafirmar como um candidato que tem propostas muito além da Lava-Jato e rebater a narrativa de parcialidade. Se ele conseguir se consolidar como candidato que defende o combate à corrupção, medidas na segurança pública e também como alguém capaz de retomar o desenvolvimento econômico, será uma sombra na campanha contra Lula. Uma pedra no sapato nos debates. Ninguém conhece melhor os detalhes dos processos do petista. Mas, se errar na receita, poderá ser o trunfo de Lula para exibir o discurso de perseguido em um processo contaminado pela política.
Matemática difícil
Lula tem entre 30% a 35% das intenções de votos de acordo com várias pesquisas. Jair Bolsonaro tem cerca de 25% na largada. Os candidatos da polarização somam aproximadamente 60% dos votos. Significa que 40% dos eleitores estão voando, em busca de um porto. A divisão desse bloco em várias candidaturas inviabiliza matematicamente a terceira via. Hoje há, pelo menos, cinco nomes: Sergio Moro (Podemos); o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG); o candidato que vencer as prévias do PSDB; e Ciro Gomes (PDT).
Em busca de apoio
O deputado distrital Leandro Grass (Rede) embarcou, ontem, para São Paulo, onde vai passar o resto da semana. Vai fazer reuniões com lideranças políticas, empresariais e da sociedade civil para trazer projetos e apoio para sua campanha no DF.
Só papos
“Ele chamou cada homem preto honrado do Brasil de marginal ao escalar um ator preto para o papel de um psicopata comunista”
Presidente da Fundação Cultural Palmares, Sérgio Camargo, sobre o ator Seu Jorge escolhido para interpretar Carlos Marighella, dirigido por Wagner Moura
“Eu não tenho nenhum respeito por nenhuma declaração que venha de qualquer pessoa que faça parte desse governo, nem desse cara, aquele outro cara da Secretaria de Cultura. Não vou comentar, porque não respeito. A gente precisa escolher os combates”
Ator, produtor e diretor Wagner Moura, no programa Roda Viva
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