PSB nacional não quer aliança com Leila em 2022

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Coluna Eixo Capital, por Ana Maria Campos

O presidente nacional do PSB, Carlos Siqueira, deixa clara a rejeição a uma eventual aliança em 2022 que contemple a senadora Leila Barros (Cidadania-DF). Durante o lançamento da pré-candidatura de Rafael Parente (PSB) ao Governo do Distrito Federal, nesta semana, Siqueira foi enfático ao rebater um discurso de Rodrigo Rollemberg (PSB). Quando o ex-governador do DF citou Leila como possível parceira para disputar as eleições no DF, o presidente do PSB reagiu: “Leila, não”. Disse e repetiu enfaticamente. A direção da sigla não perdoa a senadora, eleita pelo partido em 2018, que decidiu migrar para o Cidadania como reação à aproximação com a campanha de Lula à Presidência. Mas Leila tem outras opções. Ela tem conversado com outros grupos políticos mais ao centro.

Focados no Congresso e em Alagoas

Entre a aprovação do relatório da CPI da Covid com indiciamentos do presidente Jair Bolsonaro por crimes graves e o encaminhamento de uma denúncia para julgamento de impeachment, há um embate pessoal entre dois políticos alagoanos de olho em 2022. O relator da comissão parlamentar de inquérito, senador Renan Calheiros (MDB), e o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP), estão em lados opostos na disputa ao governo de Alagoas. O grupo de Renan é aliado de Lula. O de Lira tem o palanque bolsonarista no estado.

Imbróglio
Renan Calheiros quer fazer o sucessor do filho, Renan Filho (MDB), no governo. Mas há um imbróglio para dificultar a situação. O governador precisa tomar uma decisão sobre permanecer até o último dia do mandato e não concorrer a nada, já que não pode mais disputar a reeleição, ou se desincompatibilizar em abril para se candidatar ao Senado e deixar a gestão durante nove meses nas mãos de um adversário ligado a Arthur Lira. O presidente da Assembleia Legislativa alagoana, Marcelo Victor (Solidariedade), aliado de Lira, deverá convocar uma eleição indireta para eleger um governador-tampão. O nome natural para a sucessão, com apoio de Calheiros e Renan Filho, seria o do ex-vice-governador Luciano Barbosa (MDB). Mas ele deixou o cargo para assumir a prefeitura de Arapiraca (AL) no ano passado. Assim, se Renan Filho entrar em campanha, Lira fica em vantagem na disputa ao governo.

Datas
O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (MG), ingressou no PSD ontem, como provável candidato à Presidência, no dia do aniversário de 76 anos do ex-presidente Lula. E uma efeméride citada pelo presidente do PSD-DF, Paulo Octávio, no ato de filiação: 56 anos de edição do AI-2, que extinguiu todos os partidos, inclusive o PSD de JK.

Início de conversa
O deputado distrital Cláudio Abrantes (PDT) iniciou conversas para se filiar ao MDB. Mas não avançou.

No caminho da terceira via
“Hoje (ontem), foi publicada a lei que, na prática, acaba com as punições de políticos por improbidade administrativa. As mudanças relatadas por deputado do PT retiram de cena mais um instrumento contra a corrupção. O presidente da República poderia ter vetado, mas preferiu o retrocesso.” Com a frase publicada ontem no Twitter, Sergio Moro se coloca como um crítico ao PT e a Bolsonaro. Quer marcar posição como terceira via. Moro deve se filiar ao Podemos em novembro.

Sem recuo
O governador de São Paulo, João Doria (PSDB), tem dito a aliados que será candidato de qualquer forma, mesmo se vários outros nomes da terceira via estiverem no páreo. Ninguém tira. A não ser Eduardo Leite (PSDB), governador do Rio Grande do Sul, adversário dele nas prévias.

Deputada Filippelli
O ex-vice-governador Tadeu Filippelli (MDB) não deve concorrer à Câmara dos Deputados, mas o sobrenome pode entrar na disputa. A secretária da Mulher no governo Ibaneis (MDB), Ericka Filippelli, nora do político, é uma das prováveis candidatas do partido a um mandato de deputada federal.

Ana Maria Campos

Editora de política do Distrito Federal e titular da coluna Eixo Capital no Correio Braziliense.

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