O senador Izalci Lucas (PSDB-DF) elaborou um voto em separado com pedido de que seja incluído como complemento no relatório final do senador Renan Calheiros (MDB-AL) da CPI da Covid. O relatório será votado nesta terça-feira (26) pelos integrantes da comissão.
Para que seja incluído, o voto de Izalci precisa ser acatado por Renan.
O material inclui uma parte relacionada ao Distrito Federal, com supostas irregularidades investigadas pelos promotores do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) na Operação Falso Negativo.
Os fatos citados se referem a contratos firmados pela Secretaria de Saúde do DF para compra de testes de covid-19 e relações políticas do ex-secretário Francisco Araújo Filho, alvo da Operação Falso Negativo.
Araújo chegou a prestar depoimento em setembro na CPI da Covid no Senado, por sugestão de Izalci. Mas não despertou muita atenção dos membros da CPI. No momento em que o ex-secretário de Saúde do DF era ouvido, Renan, o presidente da comissão, Omar Aziz (PSD-AM), e o vice-presidente, Randolfe Rodrigues (Rede-AP), estavam ausentes.
No relatório, Izalci cita uma suposta afinidade política entre Francisco Araújo e o governador de Alagoas, Renan Filho (MDB), filho de Renan Calheiros.
Segundo Izalci, Francisco Araújo concorreu ao cargo de deputado estadual de Alagoas, pelo PRTB, e não foi eleito. Na campanha, apoiou a candidatura de Renan Filho ao governo de Alagoas, na primeira eleição do emedebista.
Apesar da citação, Izalci diz que o suposto esquema na saúde do DF era mantido pelo PP. “Renan fez perguntas firmes ao Francisco Araújo. Não me pareceu que estava amenizando”, afirma o tucano.
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É tudo teatro.